51. Melhoras

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Os dias iam passando, a Maiara continuava internada em observação. Ela estava tão bem que a equipa médica tinha receio de ela ter algum problema de repente. Apesar de já estar um pouco cansada de estar ali, ela compreendia que era o melhor.

Estava a fazer uma semana, que tinha despertado do coma. Era sábado à tarde, e o Gustavo estava de plantão. A Maraisa fazia-lhe companhia. Foram dar uma caminhada, pelo jardim que havia dentro do hospital. A ruiva, entrelaçou o braço no da amiga e iam a conversar.

Maraisa: Como te sentes?

Maiara: Sinto-me bem - sorriu - sinto-me normal, tirando a parte de estar grávida - brincou - mas ficar aqui uns dias é mais seguro, para mim e para ela - fez um carinho na barriga

Maraisa: O importante é que seja seguro ires para casa - sorriu - e já sabes se vais para a nossa, ou para a do doutor?

Maiara: Não falamos sobre isso - sorriu de canto - mas suponho que vou para a nossa, eu e o Gustavo nunca falamos em viver juntos

Maraisa: Vou ter muito gosto em receber duas princesas, na nossa humilde residência - deu uma risada

Maiara: És sempre um amor, mesmo no meio dessa doidice toda - abraçou a amiga

Maraisa: Eu sou o arco íris da tua vida - brincou - no sentido literal não é? - deram as duas uma risada

Gustavo: Oi - meteu a cabeça no meio delas

Maraisa: Credo, homem. Que susto - falou séria e deu um tapa no ombro dele - queres que eu vá direta para a morgue do hospital?

Gustavo: Não, de todo. Eu preciso da minha amiga - sorriu - como estão?

Maiara: Estamos bem, e tu? A passear, em vez de trabalhar? - sorriu

Gustavo: Eu estou a trabalhar - piscou - fui deixar uns documentos, e escolhi muito bem a hora - sorriu brincalhão - assim pude ser o meu amor

Maraisa: Quanto mel - revirou os olhos com um sorriso

Gustavo: Queres que chame uma certa loira? - brincou

Maraisa: Deixa a Marília fora disto - falou séria

Maiara: Cuidado não lhe toques no ponto fraco - deu uma risada

Maraisa: É que vocês estão mesmo bem um para o outro - revirou os olhos e sorriu

Gustavo: Não sejas assim - brincou - bom, vou voltar ao trabalho - deu um beijo na cabeça de cada uma

Viram-no depois sair pelos corredores do hospital, enquanto elas caminhavam devagar.

Maraisa: Ele é o cunhado que eu sempre quis - sorriu

Maiara: Então? Achava que quem decidia isso era eu - brincou

Maraisa: Sim, e és. Mas sempre desejei ver-te com alguém que te ame, que cuide de ti, que te faça feliz, e que te dê um bom sexo - deu uma risada - o último eu não vi, nem quero - fez uma cara de enjoada - mas ele ama-te tanto, que eu só posso ficar feliz por ti

Maiara: Quando queres, consegues ser um verdadeiro potinho de amor - abraçou a amiga

Maraisa: Eu sou sempre um amor - revirou os olhos

Maiara: Nem tu acreditas nisso - brincou - agora mais a sério - falou enquanto se sentava na cama - porque é que foges tanto da conversa de relacionamento com a Marília?

Maraisa: Porque - suspirou - tenho medo de estragar tudo. Nós estamos tão bem, que tenho receio que isso estrague o que temos - sorriu de canto - eu gosto dela, muito...

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