70. Apitos

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Preparem esses corações 🥹

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Enquanto o Gustavo tomava o seu banho, e se preparava mais um dia, no quarto, alguém começava a voltar à consciência. A Maiara sentiu-se a despertar, a pouco e pouco. Ela abriu os olhos devagar, o facto de a luz do quarto estar baixa ajudou-a a conseguir mantê-los abertos. A ruiva, olhou para o teto e em volta, a visão ainda estava turva, não conseguia ver bem, completamente. Sentia sede, muita sede.

Quando tomou um pouco mais de consciência, olhou para baixo e não viu a sua barriga de grávida. Nesse momento, abriu-se uma ferida no coração dela, a pulsação dela acelerou e a máquina ao seu lado deu alguns apitos. Nesse momento, o Gustavo saiu apressado da casa de banho.

Gustavo: Amor - sorriu de alívio com lágrimas nos olhos

Ele foi até ao lado dela.

Gustavo: Que bom ver-te acordada, meu amor - fez-lhe carinhos na cabeça

Ela estava agitada.

Gustavo: Queres água? - ela concordou com a cabeça e ele ajudou-a a beber água - já chamei alguém, amor

O coração do médico estava quase a saltar-lhe pela boca, de felicidade por ter a sua ruiva acordada. Ela, estava confusa e algumas lágrimas começaram a cair dos olhos dela.

Gustavo: Não chores amor, vai correr tudo bem - sorriu com os olhos marejados

Maiara: A bebé, eu perdi-a - chorou e falou com voz rouca - eu perdi a nossa bebé - a voz dela, arrastada, soava em desespero

Foram as primeiras palavras dela.

Gustavo: Não amor, não perdeste - sorriu e deu-lhe um beijo na cara

Ele virou-se de costas para ela, e quando se virou novamente, tinha a bebé no colo.

Gustavo: Ela está aqui, amor - sorriu

Quando viu a filha, o corpo dela relaxou de alívio, por ver a bebé bem, e ali ao lado dela. O Gustavo, chegou a menina, que continuava adormecida, perto da Maiara, que lhe deu um beijo na cara enquanto chorava, agora de alívio.

Nesse momento, o médico da ruiva entrou no quarto.

João: Maiara, bom dia - sorriu - que bom vê-la acordada, bem vinda de volta

Maiara: Obrigada - deu um sorriso leve e olhou de canto para a filha

João: Maiara, tem memória do que aconteceu?

A ruiva, baixou o olhar, deixou algumas lágrimas caírem e concordou com a cabeça. O Gustavo, que já tinha deitado a bebé no berço, novamente, sentou-se ao lado dela e fez-lhe carinhos na cara.

João: Depois da cesariana forçada, perdeu muito sangue, quando chegou a nós, não tinha sinais vitais - respirou fundo - felizmente, conseguimos trazê-la de volta

O médico, deu-lhe algumas informações do seu estado clínico, e fez-lhe alguns exames rápidos de observação, ali no quarto.

João: Tudo bem - sorriu - agora é repousar bem para recuperar, está bem? Depois faremos mais alguns exames de rotina, mas nada de urgente - falou calmamente - eu hoje não vou deixar visitas virem cá, quero que descanse

Maiara: Obrigada, doutor - suspirou

O médico saiu, depois.

Maiara: Desculpa - falou entre lágrimas

Gustavo: Desculpa de quê, meu amor? - fez-lhe carinhos - tu não tiveste culpa de nada, eu estou tão aliviado por vocês estarem as duas bem, e comigo

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