39. Sumiço

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Eu não sei se vocês estão preparados para este capítulo 🫣

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Os dias foram passando e o casal encontrava-se praticamente todos os dias, nem que fosse só alguns minutos. Apesar de recente, a relação deles era sólida. Os dois eram maduros, e amavam-se sem medos.

Nesse dia, a Maiara e a Maraisa tinha tirado o final da tarde para estarem juntas. Estavam a jantar um hambúrguer.

Maraisa: Não tens fome? - sorriu

Maiara: Não, por acaso não tenho muita - deu de ombros

Maraisa: Tens a certeza? Está tudo bem? Tens estado estranha - falou preocupada

Maiara: Está tudo bem, a sério - abraçou a amiga - vamos para casa?

Maraisa: Eu vou acreditar em ti, mas se precisares conta comigo, está bem?

Maiara: Conto sempre - deu um beijo na cara dela

Saíram as duas até casa, no carro da morena, que conduzia tranquilamente. Já era noite, também, então não havia muito movimento na cidade. Quando chegaram a casa, a ruiva despediu-se.

Maiara: Vou descansar, está bem? - deu um beijo na testa da amiga

Maraisa: Mai - segurou o braço dela e abraçou-a - amo-te muito

Maiara: Amo-te muito, minha doidinha - sorriu

A morena sentia que algo se passava com a amiga, e estava a mexer com ela, só não conseguia decifrar o quê.

A ruiva, foi até ao seu quarto, tomou um banho e assim que deitou a cabeça na almofada, adormeceu.

A Maraisa, ficou na sala, enquanto arrumava algumas coisas para o trabalho e umas reuniões que teria no dia seguinte. Ouviu tocar na porta, achou estranho, e espreitou.

Maraisa: Olá, doutor - falou animada

Gustavo: Boa noite, Mara - cumprimentou - a Maiara está?

Maraisa: Ela já está a dormir. Está tudo bem?

Gustavo: Sim, só saudades - sorriu de canto - mandei mensagem mas ela não me respondeu

Maraisa: Nós jantamos fora e quando chegamos ela adormeceu - sorriu

Gustavo: Então eu vou deixá-la descansar. Amanhã mato as saudades - brincou

O homem, despediu-se da amiga e conduziu até sua casa, onde, depois de um banho, acabou também por adormecer a pensar na namorada. Não tinha passado assim tanto tempo desde a última vez que se tinham visto, mas estava com saudades dela.

A ruiva, acordou na manhã seguinte. Não ia trabalhar e sabia que a Maraisa tinha saído cedo por ter uma reunião importante.

Foi até à gaveta do seu armário e tirou de lá a pequena caixa, que estava a guardar há dias. De há uns dias para cá, a ruiva andava a sentir-se estranha, inchada, e com um cansaço fora do normal. Ela estava a reconhecer alguns sintomas, mas não queria que fosse real. Ela e o Gustavo tinham estado juntos, algumas vezes, sem camisinha, mas ela tinha um implante, um método em que confiava.

A ansiedade estava em níveis muito altos, colocou uma roupa confortável, enquanto esperava o resultado do teste de gravidez. Deixou-o na casa de banho e comeu qualquer coisa rápida. Quando entrou no quarto, novamente, podia jurar que ouvia os próprios batimentos cardíacos.

A ruiva, pegou no teste e gelou por dentro ao ver o que estava escrito. O teste era positivo. Ela estava grávida do Gustavo.

Ao contrário do que seria normal, ela não pulou de alegria. À memória, vieram todos os traumas e os maus momentos que passou. O medo de ser abandonada, de não conseguir cuidar da gravidez. De um momento para o outro, a respiração dela ficou alterada, e sentou-se a sufocar. Decidiu sair dali. Pegou apenas na chave de casa e saiu dali o mais rápido possível. Precisava de respirar.

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