Todos os dias, o Gustavo se mantinha ao lado da namorada, ele vivia naquele hospital. Quando não estava de plantão, ficava no quarto da namorada.
Já tinham passado 2 semanas desde o acidente com a Maiara. Eles ainda não tinham descoberto quem a tinha deixado naquele estado, apesar de o caso estar com a polícia.
A barriguinha dela estava a crescer e já dava para notar. A médica, fazia ultrassons dia sim, dia não, para garantir que estava mesmo tudo bem com o bebé.
Helena: Olha, está a chuchar no dedinho - sorriu e mostrou no ecrã, ao amigo
Gustavo: Queria tanta que ela visse - sorriu de canto com os olhos marejados
Helena: Vou entregar-te todos os ultrassons, e vais poder mostrar-lhe, depois - sorriu com compaixão
Eles não sabiam se isso ia acontecer, e se a Maiara ia acordar, mas o Gustavo recusava-se a deitar a toalha ao chão.
Helena: E o coração bate saudável - sorriu e carregou no botão
Pelo quarto, ouviu-se o coraçãozinho daquele bebé que era a esperança que restava ao Gustavo.
Gustavo: O melhor som do mundo - sorriu com lágrimas a cair dos olhos
Helena: O vosso filho, está agarrado à vida - confortou o amigo
Gustavo: Espero que isso lhe dê força a ela - sorriu
A médica saiu, e voltou a deixar o homem sozinho. Ele conversava com ela, sabia que, provavelmente, a ruiva não o ouvia, mas era uma forma de manter-se desperto. Ele estava encostado na poltrona, com os olhos fechados, enquanto tentava descansar um pouco, quando ouviu batidas na porta.
Henrique: Mano, preciso que venhas aqui fora - falou sério - é importante
Gustavo: Venho já, princesa - deu um beijo na namorada
Saiu até ao corredor e a cara do Henrique não lhe estava a agradar.
Henrique: Vamos à rua, está bem?
Gustavo: O que aconteceu, Henrique? - falou nervoso
Henrique: Falamos la fora, está bem? - sorriu - e não houve alterações com a Maiara, ou com o bebé
O médico seguiu o amigo, e saíram da porta do hospital, até ao jardim. Quando estava a entrar nele, o Gustavo ouviu a Maraisa.
Maraisa: Eu vou matar aqueles traste, aquele verme, eu juro que o encontro, e que o mato - ela estava alterada e o Gustavo não estava a entender nada
A Maraisa deu um soco em um banco de jardim e fez um pequeno golpe na mão que sangrou na hora.
Gustavo: Mara, o que aconteceu? - perguntou enquanto olhava para a mão dela
Ela deitava fogo dos olhos. Estava alterada e cheia de raiva.
Henrique: Mano - falou para o amigo - a polícia encontrou quem fez isto à Maiara
Nesse momento ele conseguiu juntas as peças todas e entendeu.
Gustavo: Não, diz-me que não foi ele - falou para o amigo
Henrique: A polícia conseguiu encontrar as pessoas que encontraram a Maiara, e que ligaram para a emergência - falou com calma - elas também descreveram a pessoa que lhe bateu e, enfim...
Maraisa: Aquele verme está preso, mas se eu o apanho, eu mato-o, eu juro que o mato - na voz dela só se notava raiva
O Gustavo ficou sem reação.
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Contramão
FanfictionMaiara, uma engenheira cheia de gavetas desarrumadas na sua mente, encontra em Gustavo o ombro amigo que lhe fazia falta, para voltar a sorrir depois da sua vida ter sido virada do avesso. Além de uma bela amizade, haverá espaço para algo mais? Fiq...