Quando as duas chegaram a casa, a Maiara foi tomar um banho quente, enquanto a amiga lhe preparou uma refeição rápida e quente para comer. Esperou, no quarto, e viu depois a amiga sair da casa de banho. Levantou-se e abraçou-a.
Maraisa: Minha Maizinha - falou no ouvido dela - amo-te muito, muito
Maiara: Obrigada, por estares comigo - falou no abraço dela - te amo
Maraisa: Anda, fiz-te comidinha boa - sorriu - não comes há horas
A ruiva sentou-se na cama a comer, sem grande vontade.
Maraisa: Mai, tens de falar com o Gustavo - a ruiva baixou o olhar e formaram-se lágrimas nos olhos dela - ele é o pai, tem o direito de saber
Maiara: Tenho medo - falou com a voz cortada pelo choro
Maraisa: Eu estou sempre contigo, meu amor - limpou lágrimas da cara dela - e o Gustavo também vai estar
Maiara: E se ele... - suspirou - se ele não aceita? O que é que ele vai pensar de mim? - escondeu a cara nas mãos e chorou
Maraisa: Oh, Mai - abraçou-a - primeiro, não foste só tu a fazer essa criança, e depois, ele não me parece o género de homem que foge das responsabilidades
Maiara: Eu estraguei tudo, estávamos tão felizes - chorou mais
Maraisa: Eu não posso falar por ele, mas, eu acho, que vais ter uma surpresa muito positiva, quando lhe contares - sorriu
Maiara: Eu preciso de pensar como lhe vou dizer - chorou - tenho tanto medo de ele me deixar
A morena, abraçou a amiga e deitaram-se as duas na cama. A Maraisa, ficou a ver a amiga adormecer em meio do choro, enquanto lhe fazia carinhos na cabeça.
Depois da ruiva adormecer, a arquiteta arrumou a bandeja com a comida da Maiara, e foi até à cozinha. Preparou algo rápido para comer e sentou-se na sala. Trocou algumas mensagens com a Marília, que estava preocupada com as duas.
Pouco depois, ouviu tocar na porta.
O Gustavo, sentia-se muito ansioso por não saber o que estava a acontecer com a Maiara.
Maraisa: Gustavo, olá - sorriu de canto quando abriu a porta
Gustavo: Olá - cumprimentou a morena - desculpa, eu estava muito preocupado
Maraisa: Ela está a descansar agora, adormeceu há pouco - deu-lhe passagem - mas entra
Gustavo: O que aconteceu? - perguntou preocupado
Maraisa: Gustavo, eu adorava tirar-te essa preocupação que tens no peito, mas eu não posso - suspirou - eu não posso contar-te
Gustavo: Mas...
Maraisa: Eu não posso, desculpa - respirou fundo
Os dois conversaram um pouco, e a arquiteta tentou acalmar um pouco o coração do amigo, que estava palpitante de preocupação pela namorada.
Gustavo: Achas que posso ir só dar-lhe um beijinho e vê-la? - perguntou a medo
Maraisa: Podes - sorriu
O médico, foi até ao quarto da namorada e viu-a adormecida em cima da cama. Ela estava deitada de lado, com as duas mãos em baixo da cabeça. Tinha a cara inchada, ela certamente tinha chorado por muito tempo. Ele só queria saber o que a tinha deixado assim. Ajoelhou-se ao lado da cama, fez um carinho leve na cara da ruiva e deixou um beijo na testa dela.
Gustavo: Eu amo-te tanto, ruivinha - falou baixo e suspirou
Levantou-se, depois, e saiu do quarto, deixando-a a dormir, exatamente na posição em que a encontrou. Ela continuava adormecida.
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Contramão
FanfictionMaiara, uma engenheira cheia de gavetas desarrumadas na sua mente, encontra em Gustavo o ombro amigo que lhe fazia falta, para voltar a sorrir depois da sua vida ter sido virada do avesso. Além de uma bela amizade, haverá espaço para algo mais? Fiq...