65. Chamada

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A noite, para todos, foi completamente em claro, todos estavam a sofrer de preocupação pela Maiara, e pela bebé. A Maraisa, tocou na porta do Gustavo, com a Marília, de manhã. O Henrique abriu a porta, e abraçou a amiga.

Henrique: Como estás, Mara?

Maraisa: Na merda, e capaz de matar aquele verme - mordeu o próprio lábio - aquela puta

Gustavo: Meninas, entrem - falou enquanto saia da cozinha

Ele e a Maraisa trocaram um logo abraço.

Maraisa: O delegado disse alguma coisa?

Gustavo: Não - suspirou - eu tinha-te avisado, se tivesse dito

Maraisa: Aquela cabra - deu um soco na parede - merda

Ela abriu um golpe na mão, que começou a sangrar bastante. O Henrique foi buscar o kit de primeiros socorros.

Henrique: Mara, deixa-me ver essa mão - pediu calmamente

Maraisa: Eu estou bem - falou brusca

Marília: Não, não estás - falou atrás dela e segurou os seus ombros - tens um golpe feio na mão, que está a sangrar e pode ganhar uma infeção - abraçou-a com carinho - princesa, deixa o Henrique ver, por favor

A morena sentou-se no sofá, e o Henrique limpou o golpe que ela tinha na mão, fazendo depois o curativo.

O Gustavo estava no quarto que ele, e a Maiara, tinha preparado para a pequena Júlia. Ele estava sentado numa poltrona, com os cotovelos apoiados nos joelhos, e a cara escondida nas mãos. A cabeça dele doía muito, tinha passado a noite acordado e a chorar. Sentia um aperto no peito como nunca tinha sentido na vida, uma agonia e um nó no estômago, desesperantes.

Sentiu-se abraçado.

Maraisa: Estamos juntos - falou para o amigo

Gustavo: É tão angustiante, Mara - falou triste - se eu as perco, eu não sei o que faço, eu não sei... Elas são a minha vida, já não me imagino sem a Mai, e sem a nossa filha

Maraisa: É - suspirou e passou a mão pelas costas do amigo - mas não podemos perder a esperança que vão voltar as duas em segurança, e que aquela cabra vai ser presa, e prisão vai ser o lugar mais seguro para ela mesmo

Gustavo: Obrigado, por estares comigo - abraçou a arquiteta - és uma boa amiga - deu um sorriso leve - como está a mão?

Maraisa: O Henrique fez-me o curativo - deu de ombros - não é nada

Gustavo: Dói muito?

Maraisa: Um pouco - sorriu de canto

Gustavo: Anda comigo, vou dar-te um medicamento para as dores, está bem?

Saíram os dois dali, e o Gustavo deu-lhe o medicamento. O dia, foi passando, os pais do Gustavo também vieram ali a casa.

O telemóvel do médico tocou e ele correu a atender.

Chamada On

Gustavo: Sim?

X: Doutor Mioto?

Gustavo: O próprio

X: Daqui é o Delegado Huff - fez uma pausa - doutor, eu preciso que venha encontrar-me

Gustavo: Tem notícias da Maiara?

D. Huff: Não, ainda não. Mas eu preciso de falar consigo

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