Me mexi no colchão ficando mais confortável. Franzi o cenho sentindo que essa não era minha cama. Uma lâmpada acendeu acima da minha cabeça. Estados Unidos, casa do Bryan.
Virei para o lado, mas senti que não iria voltar a dormir. Abri os olhos.
- Porra! Caralho! - Grito em português e fecho os olhos respirando fundo. Abro eles novamente vendo um Bryan curvado na minha frente rindo - que porra é essa, Bryan?! - digo em inglês.
- Bom dia - Ele se levanta por completo e vai rindo até sua cômoda.
Não era ele que tinha falado para não dormir na sala e acordar com uma mulher me olhando? Acordar com ele me olhando pode?
Respiro fundo e passo a mão no cabelo. Que susto do caramba que ele me deu. Não é normal você acordar achando que está sozinho e dar de cara com alguém te olhando de perto igual um psicopata.
- Você é bonito dormindo - fala.
- Para de ser estranho - Me sento no colchão e olho pra ele.
- Você deveria receber melhor elogios - aponta o dedo pra mim - vou considerar que é mau humor matinal.
Ele pegou uma camisa na cômoda e vestiu. Cerrei os olhos pra ele.
- É por que eu te vi - ele sorri pra mim e eu forço um sorriso.
- Fica a vontade pra se arrumar, tomar um banho. Tô te esperando na mesa do café.
Ele sai do quarto fechando a porta. Olho por mais alguns segundos pra ela e suspiro fechando os olhos e espreguiçando. Olhando para o quarto reparo na minha roupa de ontem em cima da mala. Minha mente viaja para ontem, na boate. Chegamos em casa por volta das 6 da manhã.
Ontem foi... uma loucura. Todo mundo bebeu até quase esquecer o nome. Menos eu e Bryan. Dançamos até cansarmos e descobri que ninguém ali sabia nada da minha vida, um fato curioso, já que me chamam de amigo.
Parei de viajar e fui para o banheiro. Tomei um banho quente e relaxante, eu ia precisar para o dia de hoje. Depois que sai fui para a cozinha e me sentei na mesa do café.
Jhon estava sentado ao lado de Bryan. Ele comia um pão com queijo e Bryan uma tijela de leite com cereal. Dei bom dia para Jhon, me servi com uma xícara de café com leite e peguei um pão.
- Como se sente? - Bryan perguntou.
- Bem - dei uma resposta curta.
Eu me sentia bem, por enquanto.
- Eles mandaram mensagem hoje - continua - Disseram que se divertiram muito.
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Lucas, meu amigo imaginário (Concluído)
Novela JuvenilAmigos imaginários, quem nunca teve um? Para te fazer companhia, brincar com você quando estava sozinho... Como qualquer criança, Lua também teve seus amigos. Então chega a parte de esquecer eles quando cresce. Lua não conseguiu esquecer Lucas, seu...