🔵 Capítulo 72 🔵

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Dias depois:

"
Eu virei minha cabeça para o lado onde vi o corpo adormecido de Gustavo. Ou semi-adormecido. No momento que levantei da cama escutei sua voz.

- Onde você vai?

Suspirei antes de responder.

- Banheiro.

Como não tive outra resposta segui o meu caminho e fui para o banheiro. Me olhei no espelho vendo um semblante cansado. Nada surpreende para quem namora com o Gustavo, mas ainda assim é triste.

Lavei o rosto, voltei para o quarto com ele já seco. Me deitei novamente na cama que em algum momento se tornou meio desconfortável. Fiquei olhando para o teto escuro, o quarto apenas iluminado com a luz do luar. Tecidos se mexeram do meu lado e minha boca foi captura em um beijo curto.

- Não consegue dormir, gata?

- Acho que não.

- Quer que eu te ajude a relaxar?

Já tínhamos feito isso hoje, não sei se estava com clima para um segundo round. Algumas vezes que tive um segundo round com Gustavo foram meio... decepcionante, então prefiro ficar só na primeira.

Não sou uma menina que curte muito o ato sem nenhum amor envolvido - isso tá em falta- ou ele só não faz direito... já passou isso pela minha cabeça.

E é por isso que eu ainda não dei tudo para ele. Não confio, não acredito que irá ser bom... O que é pessimo, ele é meu namorado.

Mas eu tenho orgasmos, então acho que não está tudo ruim assim.

- Não... eu tô bem.

- Certeza?

- Uhum.

Ele solta um suspiro e vira para o outro lado na cama.

- Então dorme.

Me encolhi um pouco com o tom de sua voz. Olhei para o teto por mais alguns minutos e decidi pegar meu celular. Deitei de lado e abri o Instagram logo sendo bombardeada de fotos de pessoas felizes, de pessoas viajando...

Algumas fotos no meio eram de casais, essas eu ignorei completamente. Eu queria ter um namoro assim. E só Deus sabe o quanto já tentei.

Curti a foto de uma amiga quando o celular foi tirado da minha mão. Levei um pequeno susto, virei para trás, Gustavo olhava o celular. Ele viu que era uma foto de uma mulher e me entregou de volta.

Eu não falei nada, sabia que não valia a pena.

- Eu vou descer para tomar água, tudo bem?

- Não é para ir embora - foi a única resposta.

Eu não iria. Me vesti rapidamente e desci as escadas. A casa estava silenciosa, todos dormiam. Eles conseguiam...

Tudo que eu queria agora, era minha cama, minhas cobertas quentinhas, ou eu poder mexer no meu celular sem alguém me espiando.

Lucas, meu amigo imaginário (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora