Amigos imaginários, quem nunca teve um? Para te fazer companhia, brincar com você quando estava sozinho...
Como qualquer criança, Lua também teve seus amigos. Então chega a parte de esquecer eles quando cresce.
Lua não conseguiu esquecer Lucas, seu...
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- Lua Alves Garcia, se você jogar essa merda em mim de novo, eu juro que te jogo pela janela - Lucas fala me olhando irritado.
- Ta bom, parei - Falo.
Estamos assistindo um filme que eu não faço a menor ideia do tema. Eu estava jogando pipoca no Lucas, apenas para irritar. Meu pai ainda não tinha chegado em casa então estavamos sozinhos.
Olho para Lucas que estava prestando atenção na televisão, deitado no outro sofá. Pego uma pipoca, será que é uma boa ideia jogar nele?
Jogo uma última pipoca na sua cara e juro por tudo que vi uma expressão que me deu medo. Ele olhou pra mim muito, muito bravo.
Ele levantou e eu no impulso levantei e me afastei, ele começou a correr na minha direção e eu corri tentando fugir.
Para minha morte ele consegiu me pegar. Ele me segurou no colo e começou a subir a escada.
- Lucas, vamos conversar - falo - Desculpa.
Ele fica em silêncio.
- Lucas, Lucas... Por favor.
Vejo ele abrindo uma porta que na hora reconheço ser o escritório. Onde tem uma pequena sacada.
- Lucas?! - ele abre a porta da sacada - Não, para, nãoo!
Ele vai até a ponta da sacada ainda me segurando. Olho pra baixo e me agarro mais nele, fazendo ele rir.
Ele só pode estar louco.
- Me dá um bom motivo para eu não te jogar daqui - fala.
Me jogar?!
- Você me ama...? - Ele nega e finge que ta me soltando. Me agarro mais nele - certo... Perai, não me ama?
- Posso continuar te amando se você estiver no hospital - da de ombros - ou se eu tiver de luto
- Credo - ele ri - Ta, me desculpa, juro que não faço mais isso.
É mentira, mas no momento é o melhor a se dizer.
- Não senti sinceridade - Fala
É porque não teve.
- Eu faço o que você quiser, só não me solta, eu juro - falo.
Eu não duvido que ele realmente me solte.
Ele me olha e sorri antes de se afastar da sacada e me colocar no chão.
- Vamos arrumar as malas - assinto - e eu vou cobrar - fala e eu suspiro.
Espero que não seja nada muito difícil.
Vou para o quarto e começo a arrumar tudo, passei mais tempo de biquini aqui do que com roupa. Lucas também guarda suas coisas.
