Capítulo nove

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Passei o resto da tarde com a Mary organizando o bufê do jantar.

Eu nunca havia organizado um jantar, Diogo achava mais cômodo levar as pessoas ao restaurante mais caro de Miami do que oferecer algo na nossa casa. Ele me considerava imprestável até mesmo para isso.

Era estranho ter Nico confiando tanto em mim, eu sentia que não podia desapontá-lo.

— Vai dar tudo certo, senhora. — Mary apertou meus ombros carinhosamente. — Vai ser um sucesso e você vai impressionar o patrão.

Abri um sorriso.

— Bom, agora que você me ajudou, tenho certeza que vai ser. — Falei com um suspiro. — Agora falta a decoração, eu não sei o que combina com essa casa.

Catarina parou com um espanador nas mãos.

— Que tal decorar com algumas rosas-vermelhas e deixar o local com um clima romântico e sensual? — Ergui as sobrancelhas, não era uma ideia ruim, na verdade, era ótima, aquela era uma coisa que Marina faria com toda certeza.

Lembro-me de diversas ocasiões onde ela dizia que um dia realizaria um baile de máscaras cheio de romance e mistério.

Sempre me perguntei se ela havia conseguido.

— Boa ideia. — Falei com um sorriso. — Vou encomendar as flores e talvez uns candelabros e encher de vela por toda a mansão, que tal?

Catarina assentiu.

— Vou conseguir o número da florista para a senhora. — Ela falou saindo da sala de jantar.

Mary deu uma risada.

— Acredito que posso conseguir os candelabros. — Ela murmurou, pensativa.

Antes que eu tivesse a chance de respondê-la, Nico apareceu com a sua aura de bad boy. Seus braços estavam cruzados e os olhos esmeralda brilhavam.

— Pelo visto você roubou a Mary de mim. — Ele falou amargurado.

Revirei os olhos.

Mary se aproximou de Nico e o abraçou como uma mãe faria com um filho.

— Ninguém pode me roubar do meu menino. — Ela falou amorosamente.

Era uma cena fofa.

— Vocês estão organizando o jantar? — Ele perguntou.

Assenti.

— Vamos fazer algo à luz de velas e rosas por todo lado. — Falei, Nico assentiu.

Ele se jogou na cadeira de frente para mim e sua perna roçou na minha, me remexi no meu lugar e afastei a minha perna da dele, mas ele não notou meu desconforto.

Nico estava concentrado nos papéis relacionados ao jantar.

Papéis relacionados aos convidados.

— Interessante. — Ele murmurou. — Onde está Giovanni Leone e sua esposa na lista?

Abri um sorriso sem humor.

— É necessário convidá-los, querido? — Perguntei.

Nico franziu a testa, estranhando minha pergunta.

Mary pediu licença e saiu atrás dos candelabros, acho que ela percebeu que iríamos discutir a qualquer momento.

— É óbvio. — Ele pegou a caneta e escreveu o nome de Giovanni e Arya. — Ele é chefe do clã Leone de Los Angeles e eles queriam oferecer o jantar, mas pensei que você se sentiria mais à vontade se fosse aqui.

A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4Onde histórias criam vida. Descubra agora