Capítulo vinte e dois

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Sentei-me na cama e me cobri com a camisola.

— A essa hora da noite? — Praticamente gritei.

Nico assentiu, irritado.

— Incrível não? — Ele murmurou coçando a barba que já estava começando a surgir no seu rosto. — Um homem não tem sossego nem escondido em uma ilha.

Uma risada saiu dos meus lábios, Nico franziu a testa para mim, mas sorriu também, logo ele estava entre as minhas pernas beijando meu pescoço.

— Eu poderia ignorar ele. — Nico murmurou com seus lábios no pescoço.

— Poderia? — Falei num suspiro.

Deslizei minhas mãos pelas suas costas e afundei os meus dedos nos seus cabelos escuros. Não demorou muito para que eu estivesse completamente derretida debaixo dele, os lábios de Nico encontraram os meus e mais uma vez eu estava sem a camisola me cobrindo, as suas mãos estavam em todos os lugares ao mesmo tempo, e aquilo era ótimo.

Sem eu perceber, minhas pernas o apertaram mais contra mim, contra a minha intimidade.

Eu estava muito desejosa naquela região e ter o seu membro ali era ótimo, mas num instante de lucidez, o meu estúpido bom senso o afastou um pouco.

Nico gemeu, frustrado.

— É o seu pai. — Falei beijando gentilmente seu ombro. — E se alguma coisa aconteceu?

Nico assentiu, todo o desejo nos seus olhos foi ofuscado por um olhar preocupado. Ele levantou-se da cama e de repente me senti fria sem a sua presença. O observei se olhar no espelho e dar um suspiro.

— Você acabou comigo.

Uma risada fez todo o meu corpo tremer.

Ele estava cheio de arranhões, os cabelos uma bagunça e a calça, bom... Nico precisava trocá-la.

— Você ri, né, trapaceira? — Ele olhou para mim com um sorriso malicioso.

Ergui as sobrancelhas e fiquei de joelhos na cama, Nico aproximou-se lentamente de mim e me segurou pela cintura.

— Você gosta quando deixo você nesse estado. — Murmurei com os meus lábios próximos do seu.

Nico deu um sorriso lento e cheio de malícia.

— Anna Lombardi, você é definitivamente a mulher mais inteligente do planeta.

Nico me beijou novamente, dessa vez com ternura e paixão, entrelacei meus braços no seu pescoço e o trouxe para mim. A cada vez que sua língua tocava nos meus lábios, mais cheia de luxúria eu ficava, no entanto, antes que o corpo de Nico cobrisse o meu, uma batida na porta o impediu de continuar.

— Senhor Lombardi? O seu pai deseja falar com você. — Era Jensen do outro lado da porta.

Nico suspirou.

— Diga a ele que estarei lá em um minuto.

— Sim, senhor.

Os passos de Jensen se afastaram.

Olhei para Nico e ele beijou a ponta do meu nariz.

— Preciso me trocar e dar um jeito nesse cabelo.

Assenti.

Nico afastou-se de mim, mas antes de abrir a porta, ele esperou eu me vestir, assim que eu o fiz, Nico abriu a porta, passando por ela a passos largos e firmes.

Depois de alguns minutos tentando me recompor daquele momento íntimo e delicioso com Nico, eu saí da cama. Eu sabia que sair daquele quarto só resultaria em mais problemas para Nico, mas eu precisava saber o que estava acontecendo.

A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4Onde histórias criam vida. Descubra agora