Capítulo trinta e oito

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No fim, meus cunhados providenciaram a nossa partida e quando finalmente estávamos na segurança de uma das casas de praia dos Lombardi, pude respirar fundo novamente.

Nico estava cheio de curativos e deitado na cama, eu já estava com minha camisola e passava creme nas mãos, era nítido que Nico não disfarçava nem o desejo ao me olhar.

E eu não me importava nem um pouco.

Assim que me deitei do seu lado, Nico me abraçou.

— E os seus pais? — Perguntei baixinho.

Nico suspirou, havíamos decidido manter segredo sobre o Enrico, os únicos soldados que restaram deram a palavra que não iriam mencionar aquele incidente.

— Eles estão bem, estão na casa deles em Nova Orleans, vão ficar lá por um tempo durante a recuperação deles e o tratamento da minha mãe.

Fechei os olhos, aliviada.

Depois de muitas ligações, Nico descobriu que Paolo, com o Enrico, estavam envolvidos no acidente dos pais de Nico. Foi mais uma amostra do caráter daqueles dois monstros.

No momento estávamos sob proteção da Cosa Nostra e da Camorra, visto que o Crimin iria investigar melhor o que havia acontecido e iria decidir se o Clã iria continuar, ou se seria destruído.

Nico não se importava muito com isso e nem mesmo eu.

— Você falou de filhos mais cedo, é sério isso? — Nico apertou levemente minha cintura.

Uma risada escapou dos meus lábios.

— Eu falei? — Nico assentiu. — Sim, eu quero ter filhos com você, mas não precisa ser agora, não é?

Nico beijou meu pescoço e falou próximo da minha orelha:

— Ahn, não. — Suas mãos deslizaram por dentro da minha camisola e quando vi eu estava me abrindo para ele. — Quero ter você só para mim por um tempinho.

Dei uma risada nervosa quando seus dedos deslizaram pela parte interna da minha coxa.

— É mesmo? — sussurrei.

Sussurrar era a única coisa que eu conseguia fazer quando Nico tocava em mim daquela maneira.

— Uhum.

Logo Nico estava entre as minhas pernas e um sorriso malicioso ocupava o seu rosto, seus dedos deslizavam a alça da minha camisola devagar.

— Só por curiosidade, você ainda está menstruada?

Uma risada escapou dos meus lábios.

— Não, sumiu, acredito que seja influência do estresse que passamos.

As sobrancelhas de Nico arquearam-se.

— É mesmo? — Ele murmurou enquanto beijava minha barriga por cima do tecido fino da camisola. — E quanto aos bebês, eu não quero ter que dividir isso com meus filhos por agora.

Nesse momento Nico sugou meu mamilo através do tecido da camisola, ele roçou a língua pela seda, fazendo com que a mesma friccionasse de maneira tentadora no meu mamilo, fechei meus olhos e gemi baixinho.

— Eu senti falta disso. — Ele sussurrou próximo da minha orelha enquanto seus dedos ocupavam o lugar dos seus lábios.

— Eu senti falta de você. — Falei com dificuldade. — Do seu cheiro, do seu calor.

Os olhos de Nico brilharam cheios de emoção.

— Eu te amo tanto, Anna. — Nico tocou suavemente na minha bochecha. — Acredito que sempre te amei, toda a minha raiva era desejo, atração, amor.

A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4Onde histórias criam vida. Descubra agora