Capítulo doze

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Nico chegou tarde da noite e isso era culpa minha.

Ele nem sequer olhou na minha cara quando foi para o banheiro tomar banho e não trocou uma palavra comigo quando se deitou do meu lado.

Eu sabia que tinha sido uma carrasca com Nico no escritório de Paolo, eu não havia ido para brigar, mas quando eu o vi, todos os sentimentos confusos vieram com força e eu cometi um erro, falei coisas impensáveis que eu sabia que iriam machucá-lo.

Ele fez o mesmo comigo e era visível o quão machucado Nico estava.

O quão envergonhado ele se encontrava.

E eu aproveitei daquela sua fraqueza para magoá-lo.

— Eu não te acho um mafioso burro. — Falei depois de alguns minutos em que estávamos deitados em silêncio. — E eu não quero ficar aqui com o Paolo.

Nico bufou.

— Não acredita em mim?

— Não. — Foi tudo que ele respondeu.

Nico virou de costas para mim e eu notei que ele estava sem camisa.

Seu corpo era muito bonito e bem desenhado, tinha músculos na quantidade exata para ser atraente.

Suspirei.

Quando eu já estava quase dormindo, Nico me chamou.

Abri os olhos com preguiça.

— Eu não acredito em ninguém. — Ele sussurrou. — Sei que todos estão me culpando e me achando incompetente para o cargo.

Olhei surpresa para Nico.

— Daqui a pouco o Crimin aparece e decide acabar com o clã Lombardi. — Ele falou, irritado. — E por culpa minha.

Mordi meu lábio inferior, me sentindo mal por Nico.

— E não há nada que você possa fazer para impedir isso? — Perguntei.

Ele deitou-se de lado para mim e encontrou meus olhos.

— Na verdade, só tem uma coisa que poderia desfazer tudo isso. — Nico falou meio envergonhado. — Ter um herdeiro e creio que isso esteja fora de questão, não nos suportamos e eu não quero ter um filho assim, não desse jeito.

Assenti.

Olhei pensativa para Nico.

Talvez se eu me esforçasse um pouco mais, poderia ter relações com ele, talvez se eu ignorasse meus traumas e simplesmente permitisse que Nico despejasse sua semente dentro de mim, tudo poderia ficar bem. E só por causa desses pensamentos que aproximei meu corpo do seu e coloquei sua mão na minha cintura, os olhos verdes daquele homem brilharam, com um misto de confusão e excitação.

— Você tem certeza disso? — Ele perguntou baixinho.

Assenti.

— Vamos fazer esse bebê logo. — Falei com rapidez e Nico se afastou um pouco.

— Anna, eu não acho que seja...

Mas eu o impedi de continuar e capturei seus lábios nos meus.

De início Nico estava tenso, mas ele logo se soltou e sua carne macia se tornou exigente contra a minha, sua língua tocou cada parte de mim e aquilo estava ótimo.

Seus dentes mordiscaram o meu lábio inferior e eu afundei meus dedos nos seus cabelos, que eram tão macios e sedosos ao toque. Nico aproximou seu corpo do meu e logo nossas pernas estavam entrelaçadas uma na outra, deslizando uma sobre a outra, tudo estava perfeito, até Nico descer suas mãos para a minha coxa e subir por dentro da minha camisola.

A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4Onde histórias criam vida. Descubra agora