Capítulo trinta e três

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— Sinto muito, Anna. — Nico fez carinho nas minhas costas e beijou o topo da minha cabeça. — Eu realmente sinto tanto.

Sequei minhas bochechas e afastei-me um pouco.

— Você pode ir embora, Nico, não há motivo para ficar já que não existe nenhum bebê. — Falei em voz baixa.

Nico negou com a cabeça.

— Eu não vou embora. — Seus dedos tocaram suavemente minha bochecha. — Eu não voltei apenas por isso, eu voltei porque senti sua falta, porque eu te amo Anna, porque você é a minha esposa, a mulher que escolhi para ser a mãe dos meus filhos e eu não vou desistir de você tão fácil assim, trapaceira.

Olhei em choque para Nico, suas palavras me tocaram mais do que eu gostaria, mas ignorei aquele sentimento e a sua declaração.

— Eu nem sei porque estou chorando. — Falei, amargurada. — Provavelmente eu seria uma mãe horrível.

Nico segurou nas minhas mãos e sentou-se na poltrona, ele me sentou no seu colo e surpreendentemente eu não senti vontade de sair dali, meu coração doía mais pelo bebê inexistente do que pelo que Nico fez comigo.

— Eu não tenho dúvidas de que você será uma mãe maravilhosa. — Ele abraçou minha cintura e eu apoiei minha bochecha no seu peito. — E sabe por que sei disso?

Neguei.

— Porque você jamais vai tratar um dos nossos filhos com desprezo porque você sabe como dói, você passou por isso e você já ama esse bebê que ainda nem existe.

Abri um sorriso triste.

— Mas não se preocupe, eu vou me certificar de que ele exista em breve.

Olhei para Nico com as sobrancelhas arqueadas.

De repente, toda a raiva, a mágoa e a injustiça, me fez fazer algo que, no fundo, eu sabia que era errado.

Mas mesmo assim eu fiz.

Passei minha perna pelo colo de Nico e afundei meus dedos nos seus cabelos, trazendo seu rosto para perto do meu. Quando meus lábios encontraram os seus, não fui carinhosa, fui exigente, deixei clara toda a minha dor, toda a minha mágoa.

Nico não me parou, na verdade, ele retribuiu o beijo e logo suas mãos deslizaram pelo meu corpo, um gemido rouco escapou pelos meus lábios e aquilo só serviu para deixá-lo mais excitado.

Eu conseguia sentir seu membro duro contra o meu ventre e aproveitei esse momento para acariciá-lo por cima da calça.

Tão grosso... tão gostoso.

Eu queria senti-lo com os lábios, eu queria esquecer aquelas coisas enquanto Nico fodia a minha boca, mas no momento que abri o botão da sua calça, ele me afastou.

Olhei confusa e irritada para seu rosto.

— Você não quer?

— Anna, esse não é o momento ideal, você está magoada e...

— Então você está recusando o meu boquete?

Nico engoliu em seco.

— Sim, porque quando fizermos isso quero que seja pelos motivos certos e não porque você está com raiva do mundo.

Senti o impacto das palavras e saí do seu colo.

— Quero que você faça isso porque está tão excitada, tão maluca de desejo, tão imersa na luxúria que precisa sentir o gosto do meu pau. — Olhei para ele, surpresa. — Sonho diariamente com a sua boca chupando ele, não pense que o que estou fazendo é porque eu não desejo isso, eu desejo a todo momento.

A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4Onde histórias criam vida. Descubra agora