A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4

Capítulo dezoito

Assim que as palavras saíram dos meus lábios, Nico não pensou duas vezes e logo seus lábios reivindicaram os meus com uma fome que me deixou toda arrepiada.

Ele estava faminto pelo meu gosto e a recíproca era verdadeira.

O seu cheiro, o seu gosto, sempre me deixavam sedenta por mais, mais beijos, mais toques.

Engoli em seco e me entreguei àquele momento.

Pela primeira vez eu fazia algo porque eu queria e não porque precisava recompensar alguém, ali éramos apenas dois adultos, cheios de desejos um pelo outro, e eu gostei daquilo.

Gostei mais do que eu imaginava gostar.

As mãos de Nico deslizaram lentamente pelo meu corpo, enquanto sua língua quente e úmida tocava a minha, enviando ondas de prazer até o meu ventre.

Com um simples beijo, Nico foi capaz de me incendiar inteira.

Afundei meus dedos nos fios grossos dos seus cabelos escuros e os puxei sem pena, sem dó alguma, mas aquilo só fez Nico gemer roucamente e me pegar pela cintura. Ele me sentou em cima da mesa, derrubando algumas coisas que haviam ali, e uma risada escapuliu dos meus lábios enquanto Nico se ajeitava entre as minhas pernas.

Suas mãos encontraram a fenda do vestido e logo seus dedos tocavam provocante a pele nua da minha coxa.

— Trapaceira... — Nico sussurrou enquanto mordiscava meu lábio inferior. — O que você está fazendo comigo?

Suas mãos apertaram minha coxa e eu gemi baixinho, o que deixou Nico maluco. Seus lábios encontraram os meus de novo e foram autoritários e eu gostei muito daquilo, Nico me beijava com tanta força, tanta intensidade, que eu sabia que depois daquele momento, eles ficariam inchados e doloridos.

Entretanto, eu não ligava, porque era daquilo que eu precisava, eu desejava algo real, algo intenso. Eu estava cansada de todos terem medo de mim e pela primeira vez alguém não tinha, pela primeira vez em dez anos ali estava alguém que me desafiava a todo momento e me tirava do sério.

E eu gostava tanto daquilo, eu gostava de me sentir normal.

— Você é tão boa. — Nico desceu seus lábios para o meu pescoço. — Tão deliciosa, não consigo tirar os lábios dos seus, da sua pele. — Nico mordeu de leve meu pescoço, me fazendo ter cócegas, dei uma risadinha, eu tinha cócegas ali. — Ah, então esse é o seu ponto fraco?

Ele perguntou com a testa grudada na minha, de perto os seus olhos eram mais incríveis ainda, do tipo intimidador, um sorriso enorme surgiu no seu rosto e suas presas proeminentes ficaram à mostra.

Era tão adorável.

Engoli em seco.

— Não. — Sussurrei. — Não é o meu ponto frac...

Fui impedida de continuar, pois Nico começou a fazer cócegas nas minhas costelas e eu comecei a gargalhar, logo nossas risadas se tornaram um único som, olhamos nos olhos um do outro por um tempo, como se estivéssemos presos em um transe, mas Nico o quebrou quando me beijou de novo.

Era incrível como ficar longe dos lábios dele era impossível.

Quando percebi abri mais as minhas pernas e as envolvi no quadril de Nico, suas mãos soltaram o coque dos meus cabelos que caíam em cachos pelas minhas costas.

Nico chupou meu lábio inferior fazendo um suspiro escapar dos meus lábios, logo seus beijos seguiram em direção ao meu pescoço e ele não economizou espaço na hora de deixar suas marcas, cravei minhas unhas no seu ombro e seus beijos se tornaram mais intensos.