Capítulo quinze

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Depois que Nico estava pronto, descemos para o andar debaixo, onde estava todo decorado com rosas e velas, aquilo deixava o ambiente com um clima místico, sexy. Não ajudava muito o fato da mão de Nico estar descansando nas minhas costas, eu podia sentir seus dedos tamborilar próximos da minha bunda.

— É necessário deixar sua mão aí? — Sibilei.

Nico revirou os olhos e desceu a mão ainda mais, agora ela estava completamente na minha bunda, olhei para ele com os olhos arregalados quando ele me apalpou ali.

— Nico?!

Uma risada escapou dos seus lábios.

— Somos apaixonados um pelo outro, lembra? — Ele falou com os lábios próximos do meu ouvido, sua respiração fazia cócegas no meu pescoço. — É normal um casal de amantes não conseguir tirar a mão um do outro, principalmente quando a bunda da pessoa em questão é uma delícia.

Senti meu rosto ficar corado e todo meu corpo arder com aquelas palavras.

— Algo me diz que você está se aproveitando da situação.

Uma risada rouca e cheia de malícia foi tudo que obtive como resposta.

— Você se saiu muito bem na decoração. — Nico deu um sorriso. — É impossível não demonstrar todo o meu amor e devoção por você com essa decoração romântica.

Revirei os olhos, mas abri um sorriso agradecida, era bom ser reconhecida por algo que eu havia feito. Aproximamo-nos da porta e começamos a receber os convidados, todos me olhavam com dúvida, mas eram gentis, principalmente as mulheres.

Depois de um tempo apenas sorrindo e cumprimentando estranhos, e claro, fingindo ser loucamente apaixonada pelo Nico, eu já estava me sentindo cansada, meu irritante marido notou que eu estava mais séria.

— Finge direito. — Ele sussurrou para mim, nesse momento outro conhecido passou por nós e Nico deu um sorrisinho o cumprimentando. — Seja mais teatral trapaceira, na hora de manipular você é ótima, né?

Olhei para Nico, irritada.

— Manipular é mais fácil do que fingir algo olhando para essa sua cara irritante. — Sibilei.

Nico franziu a testa, mas foi poupado de responder, porque nesse momento um casal se aproximou de nós, um homem alto, de cabelos grisalhos e olhos cor de gasolina, olhou para mim de cima a baixo, me avaliando, engoli em seco. Do seu lado estava uma linda mulher de cabelos loiros e olhos de serpente, olhos que demoraram demais em Nico, aproximei mais ainda o meu corpo do dele.

— Olá, Nico. — O homem falou com sua voz grave, ele olhou para mim. — E você deve ser a Anna.

Abri outro dos meus sorrisos forçados.

— Exatamente.

A mulher estava me fuzilando com o olhar.

— Ouvi várias coisas a seu respeito. — Ela falou, secamente.

Ergui as sobrancelhas.

— Creio que sim. — Falei. — Infelizmente eu já não ouvi nada sobre você, qual é o seu nome?

Notei uma tensão nos seus ombros.

— Arya Leone.

Assenti.

— De fato, nunca ouvi nada a seu respeito. — Murmurei docilmente.

Nico apertou de leve a minha cintura para me dar um toque, eu não queria fazer inimizade com a esposa do chefe do clã Leone de Los Angeles, mas era difícil não ter vontade de arrancar o cabelo dela quando ela me encarava com superioridade.

A Traidora da 'Ndrangheta - Os Mafiosos, 4Onde histórias criam vida. Descubra agora