7 - Custódia dos roedores

748 151 208
                                    

HEEEY

Saudades?

Eu estava viajando, pensei que teria tempo de postar um último capítulo antes do sumiço para avisar que aconteceria, mas acabei não tendo tempo e apenas sumi hehehe

Mas voltei

Boa leitura, beijinhos!!!

-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-

CALIANDRA

-O que nós estamos fazendo? – Cecília perguntou baixinho assim que agachou ao meu lado e de Hunter no chão. Claro que não deixei de perceber que apesar de perguntar em meu ouvido, ela não desprendia os olhos do perfil da loira. Suas pupilas quase formavam coraçõezinhos apaixonados quando encarava Hunter.

-Nós estamos irritando a Lis, é claro. – Respondi em um sussurro endiabrado.

Com muito cuidado levantei sem que a Divaca percebesse minha presença e mexi em um dos objetos da mesa de reuniões que ela organizava com extrema concentração. Não mexíamos em tudo para que não se tornasse tão óbvia a interferência, apenas um objeto fora do lugar era o suficiente para tirar grunhidos desgostosos da mulher.

Ela era tão obcecada com a organização da sala de reuniões sempre que precisava nos convocar para discorrer sobre algum assunto importante, que fazia questão de ela mesma colocar tudo em seus devidos lugares, dispensando os serviços da pobre secretária, que na verdade era também muito organizada, mas é claro que não o suficiente para os padrões inalcançáveis de Lis.

Para eu e Hunter isso era perfeito, dava a oportunidade de nos divertirmos as suas custas. Enquanto a mulher se concentrava em um lado da enorme mesa nós mudávamos algo mínimo do outro e vice versa. Já havíamos arrancado meia dúzia de grunhidos irritados de sua boca.

-Deixem ela em paz. – Cecília pediu docemente, observando com pena enquanto Lis arregalava os olhos verdes, fuzilando a caneta que eu havia deixado deslocada no centro da mesa. Se ela carregasse uma arma, com toda certeza, iria descarregar todas as munições na pobre caneta, tamanho o ódio com que encarava o pequeno objeto. – Vocês sabem que é maldade brincar com algo que ela não faz por puro capricho.

Diacho, Cecília sempre estragava as diversões alheias. Sua fala fez com que eu sentisse certa culpa e pelo olhar percebi que o mesmo acontecia com Hunter. Obviamente não estávamos pensando naquele ponto de vista, apenas queríamos irritar a insuportável.

-Inferno!!!!

Havíamos conseguido. Ela não costumava xingar daquela forma.

Corremos abaixadas até a porta e, como que fingindo que entrávamos naquele momento, entramos na sala bem a tempo de observar a mulher bater uma das pastas, a qual Hunter havia movido minimamente do lugar correto, em uma cadeira com todas as forças.

-Tudo bem, Lis? – A loira perguntou com a maior cara de pau, nada em sua aparência entregava que era responsável por aquilo.

Lis se recompôs, parecendo constrangida com o fato de que havíamos presenciado seu pequeno surto de raiva. Seus olhos verdes estavam confusos e eu precisava admitir que ela ficava impossivelmente fofa quando se mostrava tão desconcertada e brava.

-Não é nada.....eu apenas.....não é nada. – Finalizou, posicionando a pasta no lugar correto antes de dar uma boa olhada na mesa que finalmente parecia impecável. Depois da puxada de orelha de Cecília não faríamos mais aquilo, porém, precisava admitir que tinha me divertido horrores.

O fato de que a reunião se mostrou como mais uma oportunidade para que ela me enchesse a paciência e insistisse em testes com roedores do modo mais irritante possível, apenas confirmou que meu divertimento, sendo correto ou não, havia sido bem justificado. Aquilo me fez ir para casa fervendo de irritação e apenas uma boa noite de sono conseguiu apaziguar os pensamentos sanguinários em minha cabeça.

SAPUCAIAOnde histórias criam vida. Descubra agora