38 - Dorzinha

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HEEEEEY

Eu tardo, mas não falho.

Parem de me ameaçar de morte eu não trabalho bem sob pressão "lágrimas"

Esse capitulo está no pique várias emoções, boa leitura, beijinhos da Imbigo!

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LIS

Minha cabeça faz mais barulho do que eu consigo suportar, não preciso ao menos entrar em contato com minha mãe para ter certeza que Caliandra não se encontra no banheiro coisa nenhuma, seu ícone aparece em um movimento rápido na localização em tempo real e algo em mim tem certeza que Rute tem tudo a ver com isso. Ela é como um câncer em minha vida, se multiplicando e espalhando por cada cantinho com toda a intenção de me contaminar por inteiro.

O aperto dos meus dedos em meu celular é tão forte que a tela trinca em várias direções e eu não consigo parar de pensar que gostaria que fosse o pescoço de Rute, eu gostaria de apertar até ver a vida esvaindo dos seus olhos e não me importa muito o quanto esse pensamento é horrível considerando que ela é minha avó, eu quero sim torcer seu pescoço e se ela tocar em um fio de cabelo de Caliandra esse desejo não vai ficar no universo das vontades.

Caminho decidida até meu pai que observa minhas reações com preocupação.

- Preciso voltar para São Paulo o mais rápido possível, o senhor pode acompanhar a Pantera? – Pergunto apressada e ele assente com a cabeça.

- Vá com o jato, eu vou agora mesmo mandar que preparem tudo para você, estará pronto quando chegar ao aeroporto. O que está acontecendo, Lis? Há algo que eu possa fazer para ajudar?

- Acho que Rute está com a Caliandra, não sei ao certo como ela fez isso, mas a reunião foi um pretexto para que ela conseguisse pegá-la, eu preciso ir, entende?

A expressão do meu pai se fecha para algo mais sombrio e enraivecido, ele também parece estar além do limite em relação aos comportamentos da mãe, Rute nunca foi com ele como ela foi comigo, mas também não foi um exemplo de mãe então não é como se ele tivesse muito apego a ela, sequestrar a neta foi o ponto final para que as relações dos dois fossem completamente cortadas.

- Vou ligar para uma amigo meu da polícia civil, ainda é muito cedo para abrir um boletim de ocorrência, mas ele vai oferecer alguma ajuda, também tenho alguns conhecidos que podem ser úteis, me mande as informações que tiver, quando chegar a São Paulo eles já estarão a procura dela e a sua espera.

Não sei o que meu pai quer dizer com amigos que podem ser úteis, mas eu gosto.

- Obrigada, pai, por favor me mande notícias da Pantera. – Dou um abraço no mais velho e me agacho para abraçar Tadeu, apenas nesse momento percebo seus olhinhos molhados e a forma como ele me olha culpado.

- Me desculpa, Lis, desculpa de verdade. – Ele pede baixinho e eu suspiro, sentindo o peito apertar, não queria ter que deixá-lo assim, mas preciso ir atrás de Caliandra o mais rápido possível.

- Escuta, me desculpa pelo jeito que falei com você, sua atitude foi errada, mas minha reação correspondeu ao todo e não ao que você fez e a parte mais grave não é sua culpa, tudo vai ficar bem, não precisa se preocupar. – Minha explicação a ele exige um esforço tremendo para manter minha voz e expressão dentro de uma tranquilidade que eu não tenho no momento, não consigo parar de pensar em Caliandra, não consigo deixar de temer por ela.

Quando o carro chega para me levar ao aeroporto eu me apresso para dentro, nem mesmo me dou ao trabalho de levar minhas malas que ficam com meu pai, tudo que eu preciso tenho comigo e a pressa não me deixa buscar por mais nada, apenas quero chegar em casa, quero ter Caliandra segura entre meus braços, quero poder puxar sua orelha por se deixar ir com Rute e depois a beijar até não sentir os lábios.

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