8 - Figueira Mata-Pau

886 149 187
                                    

HEEEY

Olha eu aqui outra vez com um capítulo bem boiolinha que eu sei que é isso que o povo gosta.

Para ajudar na composição visual de vocês, minha amiga Sarah (a mesma que fez a capa) fez a Logo da empresa dos pais da Lis. A empresa que as duas trabalham, no caso. Claramente minha equipe visual é muito boa, sarinha arrasa demais, obrigada por sempre dar vida as coisas que eu escrevo, chorando.

 Claramente minha equipe visual é muito boa, sarinha arrasa demais, obrigada por sempre dar vida as coisas que eu escrevo, chorando

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

É isso, boa leitura, beijinhos da Imbigo!!!

-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-

LIS

Era a terceira vez que eu passava pelo laboratório de Caliandra e a terceira vez que me deparava com Cecília tentando obrigá-la a ficar sentada em frente ao computador. A nordestina sempre estava resmungando e tentando fugir. Em uma das vezes, até a observei derrubar a amiga que se grudou ao seu pé com afinco, pareciam em uma luta greco-romana e por mais que Cecília parecesse mais frágil, mostrava-se muito forte.

Em certo momento a vi simplesmente suspender a amiga do chão, a jogando na cadeira com certa brutalidade, teria até me preocupado com a saúde da nordestina se ela não tivesse levado menos que dois segundos para se jogar outra vez na superfície brilhante.

As situações estranhas não paravam por aí, mais cedo tinha flagrado a nordestina em uma longa e animada conversa com um dos ratos da pesquisa. Mariflor, como ela mesma chamava a ratinha, estava realmente parada na extremidade da gaiola com os olhinhos horripilantes focados na nordestina.

Não que ela não conversasse diariamente com a tal Mariflor, fazia três meses que a ratinha estava ali e todos os dias Caliandra fazia questão de passar ao menos cinco minutos do dia conversando com ela. Mas nada como naquele dia específico, naquele dia passou mais tempo que o habitual, sua rotina estava toda diferente, não que ela tivesse realmente uma rotina, seus dias eram uma bagunça, eu não sabia como ela podia viver assim, mas, mesmo em sua bagunça, conservava alguns hábitos. Tomar café com seu Marcelo, se juntar a Hunter para me infernizar, comer todos os lanches oferecidos por cada pessoa do prédio, tratar Cecília como seu bebê, descobrir ao menos três potenciais outras utilidades para Sapucaia, brigar comigo e por aí vai. Porém, naquele dia nada de habitual acontecia em sua sala, nem mesmo tinha parado para me enviar os sete áudios enormes falando nada em específico que sempre me mandava apenas para irritar, sabendo que me era impossível ignorar uma mensagem em ambiente de trabalho.

Eu sabia que se fosse algo importante ela falaria pessoalmente, sabia que estava apenas tentando me tirar do sério, mas sempre acabava escutando do começo ao fim, nem mesmo usava o recurso de aumentar a velocidade. Talvez precisasse admitir que eu gostava daqueles áudios idiotas. E aquele dia ela não havia mandado nem um sequer.

Algo parecia estar se desenrolando do modo errado e por mais que eu não gostasse de invadir o espaço dos outros, principalmente o dela, acabei não me segurando.... a quem eu queria enganar? Quando se tratava do meu dinheiro eu era uma grande intrometida, se aquela mulher não fosse produtiva eu não lucraria com a genialidade dela.

SAPUCAIAOnde histórias criam vida. Descubra agora