HEEEY
Dois anos atrás eu postei o primeiro capítulo dessa estória como um presente de aniversário e nada mais justo do que postar o último também como um presente de aniversário. Parabéns Clara, te amo.
Gente, eu tô um pouco sentimental, sempre fico sentimental quando acabo uma das minhas filhas, Lis e Caliandra ganharam um espaço quentinho no meu coração, espero que tenham feito bem para vocês também.
Enfim, boa leitura, beijinhos da Imbigo.
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CALIANDRA
Eu sei que é um tanto clichê isso de terminar uma estória com o acontecimento de um casamento, mas eu não me importo de ser clichê se for com Lis. Respiro fundo e toco o tecido do meu vestido branco sorrindo como a maior idiota das idiotas. Eu sei que Lis está lá dentro apenas esperando que eu entre, ela está lá, a mulher da minha vida, o meu amor, ela está lá dentro para dizer na frente de todos os convidados que quer passar o resto da vida comigo.
- Nervosa? – Minha mãe pergunta com um sorriso enorme que vai de orelha a orelha, acho que com exceção de Lis e eu, ela é provavelmente a pessoa mais feliz com esse casamento, parece que ela está realizando o sonho da vida dela, em alguns minutos eu vou deixar o posto de filha preferida (não vamos lembrar que eu era a única) pois ela vai entregá-lo a Lis.
- Estou, parece que a minha barriga está rodando. – Eu respondo a pergunta, passando as mãos pelo rendado do vestido cobrindo meu estômago. Um pensamento me pega de surpresa e eu arregalo os olhos, encarando minha mãe com medo. – E se eu tiver dor de barriga bem no meio da cerimônia?
Minha mãe nega com a cabeça, mesmo que seu cenho chegue a franzir com um pouco de preocupação.
- Você não vai ter dor de barriga no meio da cerimônia.
- Como a senhora pode ter certeza?
- Eu apenas tenho, Cali. Assim que você entrar nesse salão a única coisa no mundo que vai importar é a forma que Lis estará te olhando enquanto você atravessa a distância até ela. É figurativamente a última vez que você vai caminhar sem ela, sua última caminhada até a sua companheira de vida.
Meus lábios tremem um pouquinho de emoção e minha mãe nega com a cabeça totalmente alarmada.
- Não chore agora, Cali, por favor.
Eu dou uma fungadinha, me esforço bastante para não deixar as lágrimas virem, mas sou obrigada a piscar mais rápido considerando a forma como sinto meus olhos molharem cada vez mais. Quando minha maquiagem está prestes a ir por água a baixo, sinto um tapa ser deixado em meu braço esquerdo me fazendo grunhir de dor.
- Para de ser mole, garota. – Ana me repreende e eu faço careta para o quanto minha pele arde no local atingido. Se não fosse a luva enorme tampando a pele do meu braço eu provavelmente iria ter as fotos do casamento recheadas com a marca dos dedos da troglodita, manchando meu braço.
- Assim vai me fazer chorar mais rápido ainda. – Eu brigo e ela ri faceira sem se importar muito com minha chateação. Queria muito ser uma dessas pessoas normais com madrinhas que me respeitassem e fizessem de tudo para fazer do meu dia especial.
Cecília não para de chorar um segundo sequer, Amanda está obcecada pela organização da festa, Ana me odeia, Eleanor e Hunter estão mais ocupadas com Lis o que significa que elas não estão fazendo nada já que minha querida noiva tem essa mania maluca de fazer tudo sozinha.
- Vamos entrar? – Minha mãe pergunta quando a cerimonialista faz sinal de que já está na hora. Eu balanço a cabeça em concordância e saio do carro me equilibrando em meio a todo o tecido do vestido que escolhi. Para mim não faria sentido ter um casamento se eu não pudesse ter um vestido enorme, eu apenas não pensei no quanto seria difícil me mover com ele no corpo.
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SAPUCAIA
Roman d'amourCaliandra Oliveira estava em êxtase ao finalmente encontrar na castanha de Sapucaia o componente químico que lhe faria finalizar o doutorado com êxito e glórias, além é claro, da possibilidade de conseguir uma patente muito vantajosa. Não era todos...