39 - Friamente calculado

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HEEEEY

Eu já disse para ficarem calmos que eu não abandono as coisas assim, eu hein hahahaha

Esse capítulo está muito "owwwn" das ideias e me deixou de coração apertado pq é o penúltimo. 

NÃO ACREDITO QUE SAPUCAIA ESTÁ ACABANDO!!!

COMO EU VOU VIVER SEM LIS E CALIANDRA????

Enfim, boa leitura, beijinhos da Imbigo!

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CALIANDRA

No caminho para o hospital eu sei que Lis tenta disfarçar as próprias dores, mas a cada vez que ela puxa o ar com mais força eu sei que isso se deve a uma onda intensa que a faz estremecer no banco. Não consigo deixar de ficar em pânico, sei que não tem nada a ver e provavelmente isso é apenas o meu cérebro sendo um filho da peste catastrófico, mas não consigo deixar de reviver alguns momentos com Angelo. O fato de que tudo começou com uma dor e terminou comigo o perdendo para sempre.

Não posso passar por isso com Lis, simplesmente não posso, acho que eu não conseguiria me recuperar dessa, não nesse momento. Eu sei que ninguém é para sempre e um dia vou perdê-la ou ela vai me perder, mas não pode ser agora, não agora que estamos começando a ser felizes juntas, não quando tivemos tão pouco tempo uma com a outra.

Não é possível que passamos por tudo isso para as coisas terminarem dessa forma, eu simplesmente não aceito.

- Cherry, você está se perdendo em uma preocupação excessiva, tenha calma, nem chegamos ao hospital ainda. – Ela tenta me trazer de volta para a realidade em uma voz calma, se esforçando para me passar segurança.

Quando eu pisco sinto lágrimas descendo por meu rosto e Lis sorri afetuosa se adiantando para limpá-las cuidadosamente. Sei que estou sendo doida, mas não consigo evitar, tenho medo de perdê-la.

- Eu sei, mas não consigo evitar, eu te amo tanto, Lis. – Minha voz embargada é um pouco patética, mas ela não debocha, apenas me puxa para mais perto beijando o lado da minha cabeça.

- Eu prometo que vou continuar aqui, tudo vai ficar bem.

Assim que chegamos ao hospital dona Violeta se ocupa em lidar com as questões burocráticas de documentações e identificações e Lis passa direto para o consultório do médico que a recebe com um sorriso profissional.

Eu simplesmente me recuso a sair do lado dela por toda a consulta, escutando com atenção tudo o que o médico diz, observando de perto suas expressões e reações aos sintomas descritos por Lis.

Não é como se eu fizesse ideia do que tudo significa, ele fala algumas coisas, ela também, ele a examina e eu nem pisco em minha observação, mesmo que as informações que eu capto no fim das contas não signifiquem nada para mim.

- Bom, nós vamos fazer alguns exames para ter certeza sobre o que está acontecendo, mas tudo indica que isso se trata de uma crise de gases. – O homem informa após tocar a barriga de Lis por alguns segundos.

A de olhos verdes arregala um pouco os olhos e eu percebo o quanto ela fica constrangida, é bem fofo ver Lis constrangida com uma besteira dessas, ela é tão boba. Enquanto ela se derrete de vergonha eu sorrio como se estivesse tentando iluminar o dia com meus dentes, fico tão aliviada com o diagnóstico que meu corpo chega a amolecer.

- Além disso vou pedir que alguém da enfermaria traga um remédio que vai te ajudar. Depois preciso que marque uma consulta para fazermos um acompanhamento para descobrir o que causou essa crise, é algo que acontece, pode ser estresse, algo que você comeu, mas é bom investigar.

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