Capítulo 37

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Katherine

     Isaac ficou muito pensativo por um momento. Olhando para um ponto atrás de mim, com as sobrancelhas levemente franzidas. Eu praticamente podia ouvir o som das engrenagens trabalhando dentro da sua cabeça enquanto pensava no que havíamos conversado.

     Eu estava estupefata com tudo que ele havia admitido. Sobre sua mãe, o tratamento do seu pai, a carta... eu não fazia ideia de que tantas coisas estavam acontecendo na vida dele. Coisas pelas quais ele deveria dar toda sua importância e atenção, e não esquentar sua cabeça com as minhas acusações sobre ele ter usado Mia.

     Agora eu percebia o quanto eu havia sido inconveniente tocando naquele assunto. Não por querer saber, mas por exigir isso dele. Respostas. Ele não me devia nada. Não entendo porquê perder seu tempo comigo.

     Mas isso... saber que ele se importava com o que eu pensava à respeito dele, mesmo com tantas outras coisas acontecendo na sua vida, me fez sentir especial. Especial para Isaac. Ele... ele não apenas havia confiado em mim para desabafar, mas também para aceitar meus conselhos. Ouvi-los e refletir sobre eles. Minha opinião importava para Isaac.

     Ele me encarou de novo. A sombra de um sorriso nos lábios. Quase suspirei de alívio. Não queria vê-lo com aquele semblante perdido nunca mais. A cada dia que passava com ele, o conhecia mais e mais... e ele é tão...

     Isaac segurou meu rosto de repente e se inclinou, salpicando beijinhos por todo o meu rosto. Não consegui conter a risada que borbulhou dos meus lábios. Ele se afastou um pouco para me encarar e sorriu. — Eu já disse o quanto você é adorável?

     Aí, meu Deus. Ele deveria ser proibido de dizer coisas assim para alguém que estava tentando não se perder naquele sorriso. Merda, que sorriso lindo.

     Não me controlei. Me lancei em Isaac e grudei meus lábios nos seus. Ele não perdeu tempo. Segurou minha cintura e me puxou para o seu colo. Minha saia subiu até quase mostrar minha calcinha, mas não me importei. Continuei beijando Isaac. Sentindo suas mãos passeando pelo meu corpo. Estavam queimando minha pele. De um forma muito, muito boa.

     Isaac desceu a boca para o meu pescoço e eu inclinei a cabeça para o lado, mordendo o lábio para não gemer com a sensação deliciosa dos seus lábios na minha pele, das suas mãos grandes e firmes na minha cintura e do seu volume crescendo sob mim. Me remexi em cima dele, precisando senti-lo mais. Em mim.

     Isaac riu do meu entusiasmo, o som saiu rouco e baixo, arrepiando minha pele. — Você é tão gostosa, amor. — sussurrou, no pé do meu ouvido. Ele apertou minha cintura com mais força, acompanhando meus movimentos de vai e vem no seu colo. Quase revirei os olhos de prazer ouvindo sua voz.

     Segurei seu rosto e o beijei mais uma vez. Era tão bom beijá-lo. Sua língua se enroscando na minha, nossos lábios sincronizados, o cheiro dele... tudo em Isaac era bom.

     Eu queria... eu queria ele. Usando todo meu esforço, saí de cima de Isaac e me coloquei de pé na sua frente. Nós dois no encaramos ofegantes. Ele estava com as sobrancelhas levemente franzidas em confusão, provavelmente por eu ter interrompido nossos beijos. Mesmo sentado, seu rosto estava quase da mesma altura que o meu.

     Caí de joelhos na sua frente e levantei os olhos para ele, sorrindo. Isaac sugou o ar, entredentes, mas não me impediu. Seus olhos brilharam com luxúria enquanto me encarava de volta. Suas pálpebras pesadas e sua boca, vermelha e inchada, entreaberta. O contemplei por um momento. O terno sempre impecável agora estava amassado, sua gravata frouxa e seu cabelo completamente desgrenhado. Ainda estava perfeito. E aqueles olhos cor de safiras ainda me levavam à loucura.

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