Capítulo 50

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Katherine

     Ele caminhou até onde eu e Emory estávamos e sentou-se ao meu lado. Envolveu um braço na minha cintura e me puxou mais para si. — Acabei de ver sua mensagem. — disse, quando depositou um beijo na minha têmpora. — Já estava com saudades? — sorriu de lado.

     Revirei os olhos e bufei. — Vai sonhando. — brinquei. Além de preocupada, eu estava mesmo com saudades, mas ele provavelmente já sabia disso então não iria aumentar o seu ego falando em voz alta.

     Emory se jogou no sofá mais uma vez, ainda sorrindo depois de eu ter sussurrado aquelas palavras para ela. — Onde você estava, Isaac? Normalmente ninguém aguenta dois minutos nessas reuniões.

     Minhas costas estavam pressionadas no peito de Isaac enquanto ele me abraça por trás, e minha cabeça apoiada no seu ombro. Senti quando ele soltou um suspiro. — Passei na escola onde nossa mãe dava aulas.

     Emory piscou e até eu tive dificuldade para esconder minha surpresa. — O que foi fazer lá? — perguntou sua irmã, exatamente o que eu estava me perguntando também.

     — Saber se tinha vagas para um novo professor. — falou, simplismente.

     Desta vez me endireitei e voltei meus olhos para os seus. Ele conteve um sorriso quando observou meu rosto. — Você dará aulas onde sua mãe trabalhou? — perguntei, me surpreendendo com o quanto minha voz saiu emotiva.

     Ele deixou o sorriso deslizar nos seus lindos lábios e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Bom, eu espero que sim. Infelizmente o nome Clifford não tem muita importância para eles, então não posso usar isso ao meu favor. Eles tem algumas diretrizes bem severas. Vão analisar todo o meu histórico escolar e facultativo e até ficha criminal. — ele riu um pouco. — Mas tenho alguma vantagem, por ser filho de uma ex professora.

     Eu não conseguia descrever o quão feliz eu estava neste momento. Vendo os olhos mais bonitos do mundo brilhando com expectativa e entusiamos. Sua voz era tranquila, mas transmitia pura satisfação. O meu coração derreteu.

     Segurei seu rosto com uma mão e dei um beijinho na sua boca, não pude conter. — Você será o melhor professor que eles já viram. — sussurrei contra seus lábios.

     Seu sorriso cresceu. — Obrigado, amor.

     — Ficha criminal, é? — a voz de Jake ressoou, e todos nós olhamos para ele quando ele desceu o último degrau da escada e caminhou até a cozinha sem olhar para nós. — Eu estaria fodido se fosse tentar. — murmurou.

     Emory riu. — Eu pensei a mesma coisa.

     Ele estava andando quase se arrastando. Suas pálpebras estavam pesadas e tinha olheiras roxas e profundas abaixo dos olhos. Os ombros caídos em exaustão estavam deixando ele muito diferente do Jake que eu estava acostumada a ver.

     Quando sentou-se na mesa que ficava entre a cozinha e a sala, levantou os olhos e encontrou diretamente o meu olhar. O canto dos seus lábios subiu e eu abaixei a cabeça rapidamente.

     Ainda estava tímida pelo o que tinha admitido para ele e um pouco chateada pelo o que ele fez. Quer dizer, não só pela ação em si, mas por ele achar que precisava. Mesmo depois de insistir tanto para eu e Isaac assumirmos que gostávamos um do outro, ainda sentiu a necessidade de me testar para ter certeza que eu não machucaria seu irmão.

     Ou... ou o trairia. Eu não conseguia nem cogitar essa possibilidade. Isaac é o único homem para mim. Embora isso me assuste mais do que qualquer coisa, não consigo me ver com outro além dele. É o único em quem eu confio.

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