Katherine
— O que eu faço enquanto vocês se divertem? — perguntei, ainda emburrada por estar sendo deixada de lado tanto por Isaac quanto por Nate.
— Não fale assim. — Isaac riu. — Você poderia vir conosco, mas você falou que não ver graça em exposições de carros.
Fiz uma careta e cruzei os braços. — Não mesmo. — obviamente eu estava fingindo estar carrancuda. Estava mais do que feliz por Isaac e Nate se darem tão bem. Estávamos quase chegando ao tal salão de automóveis que Isaac conhecia.
Olhei por cima do ombro e vi Nate com o rosto virado para a janela do carro, observando a cidade passar. Quando acabamos de tomar café hoje pela manhã, Isaac perguntou se meu irmão não gostaria de ver os tais modelos de carros hoje. Como era domingo e nenhum de nós tínhamos nada marcado, decidimos vir.
Ainda me lembrava da sensação que me consumiu quando cheguei em casa ontem à noite e vi Isaac e Nate juntos no banheiro. Ele estava ensinando meu irmão a se barbear. Contive um sorriso. Ele foi na minha casa procurando por mim. E quando não me achou, não foi embora. Ficou e ajudou meu irmão. E Nate... ele estava tão à vontade perto de Isaac que por um momento não acreditei no que os meus viam. Meu peito se encheu de calor.
— Chegamos. — disse Isaac, poucos minutos depois. Me inclinei para frente para olhar ao redor. Haviam vários prédios comerciais e lojas de grife. Em um painel, no topo de um edifício, brilhava a logomarca da NRQ.
Isaac estacionou o carro em uma vaga próxima. Antes de sairmos ele se virou para mim — Você tem certeza que não quer vir?
— Eu realmente não curto muito ficar observando carros parados no meio de um grande salão. — sorri. Isaac revirou os olhos. — Mas eu queria mesmo ir em uma papelaria aqui perto, então posso...
— Papelaria? É essa sua ideia de diversão? — ele fez uma careta.
— Gosto de grampeadores coloridos, post-its, adesivos, agendas... — a cada palavra minha a carranca de Isaac ia ficando mais profunda. — canetas brilhantes... Me julgue.
— Nunca faria isso. — afirmou, mesmo que já estivesse me julgando com os olhos.
Ele olhou para Nate por cima do ombro. — Vamos, cara?
Nate assentiu. — Vamos.
Nós três saímos do carro e caminhamos até a entrada do prédio onde a exposição aconteceria. Não me surpreendeu a quantidade de pessoas que passavam ao nosso redor. Mesmo em um domingo, qualquer centro, em qualquer bairro de Nova York era bastante movimentado.
— Bom, você sabe onde estaremos. — disse Isaac, se virando para mim. — Caso não nos ache, é só mandar uma mensagem e nos encontraremos aqui.
Assenti — Tudo bem. — olhei para Nate. Ele estava olhando ao redor de novo. Mãos nos bolsos e expressão vazia. Mas seus olhos demonstravam interesse. — Divirtam-se.
Eles se despediram e logo depois me deram as costas, subindo os degraus da entrada do prédio. Não me movi, ainda os observando caminharem enquanto conversavam. Perguntei várias vezes a Nate se ele não se incomodaria com as pessoas ao redor, mas ele estava tão empolgado com a ideia de ver vários modelos de carros parecidos com o de Isaac que mal se importou com esse fato. Isaac me garantiu que me ligaria no primeiro sinal de algo errado com ele.
Quando eles atravessaram a imensa porta e sumiram, desviei os olhos e observei ao redor. De um lado, do outro,.. estiquei meu pescoço para conseguir olhar melhor as pessoas, mas graças a Deus, não parecia ter nenhum fotógrafo por perto. Não consigo nem imaginar o título da manchete se nos pegassem dessa vez.

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Destino
Fiksi Penggemar+18 Cenas ilícitas e gatilhos. Katherine é uma jovem de 24 anos que acabou de ser demitida do seu primeiro emprego. Um dia, quando estava voltando para casa, percebeu que um mendigo havia sido espancado no meio da rua e resolveu ajudá-lo. O problem...