Capítulo 33 - Alyssa

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Já passa das 2 horas da manhã, me acabei na pista de dança com as meninas, bebi até não aguentar mais com o Arthur , e lógico dei uns belos amassos no meu marido. Estou sentada no canto do sofá tentando recuperar a minha dignidade, faz um bom tempo que não vejo as minhas cunhadas, elas desceram lá para baixo e evaporaram. Estou tonta ao ponto de ver tudo girando ao meu redor.

- Você tá bem? - Riccardo senta ao meu lado com uma cara preocupada.

- Estou - Respondo baixinho é ele apenas concorda.

- Quando quiser embora e só me avisar - Concordo colocando a minha cabeça no seu peito.

Fico assim por um bom tempo, vejo Arthur puxando a Bianca em nossa direção com uma cara de poucos amigos, não acredito que esse dois já estão brigando.

- O que foi, agora? - Riccardo pergunta.

- Essa aí- Aponta para ela - Tava se esfregando num cara lá em baixo. - Olho para ela que sorri da situação.

- Você é doida? Tá querendo adiantar a sua morte? - Falo com uma cara seria.

- Ele era um amigo - Ela faz uma pausa, está mais bêbada que eu e visível - E gay.

- Não parecia - Arthur responde.

- Você não deixou ele falar - Empurro o Riccardo para o outro lado do sofá, não estou a fim de ficar ouvindo esses dois discutirem.

Depois de um bom tempo sentada ao lado do meu marido observando apenas a movimentação de pessoas aqui dentro apesar da hora, descido ir ao banheiro me arrumar para desfasar a cara de bêbada para podermos passar la em baixo para irmos embora. Estou muito cansada, a minha cabeça já começou a rodar, quero só ver como vou acordar amanha, ou melhor, hoje.

Entro no banheiro reservado para as mulheres da família Ferrari, é tranco á porta. Abro a minha bolsa pegando algumas maquiagens para consertar a minha que foi por água a baixo. Demorou cerca de uns trinta minutos lá dentro, sou uma nova pessoa... Quando saio, sou surpreendida por uma movimentação estranha, olho em direção ao meu marido que saca uma arma chamando o seu irmão que faz o mesmo.

- O que está acontecendo, Riccardo? - Pergunto quando ele se aproxima com uma cara que me preocupa bastante.

- Tem um espião entre nós - O meu corpo gela com as suas palavras - Aconteça o que acontecer, não saia daqui.

- Ta bom - Ele me abraça com força.

- Depois que eu sair - Ele faz uma pausa segurando minhas mãos em seu peito - Se alguém entrar por aquela porta, se tranquem no banheiro e esperem um sinal nosso - Percebo que as meninas já estão aqui dentro.

Quando eles saem é a porta se tranca pelo lado de fora uma tensão baixa sobre nós, não sei que merda está acontecendo aqui, mais não vou ousar sair daqui para descobrir, não estando nesse estado deplorável.
Beatrice, Aurora é Bianca estão um pouco mais alteradas que eu, acho que passaram dos limites. Falo para elas irem no banheiro se arrumarem, lavarem o rosto ou até mesmo vomitar ser for preciso. Descido ficar por aqui mesmo, a espera de notícias, estou nervosa.
- A senhorita não tem permissão de chegar perto da senhora Ferrari - Escuto um dos guardas falar alto, vejo a maldita da Paola na sua frente.
- Pode deixar - Aviso.
- Senhora... - Ele começa a falar mais e interrompido quando chamam ele pelo rádio - Com licença.
- Pensei que a primeira dama não fosse me receber - Ela diz com seu sorriso sínico nos lábios se aproximando bem lentamente.
- Paola, querida! Como vai? - Uso o mesmo tom que ela.
- Olha só, você lembra de mim.
- Claro que sim, como vou me esquecer do rosto da ex-amante do meu marido - Paro na sua frente a pouquíssimos metros dela.
- Ex amante? Não foi o que ele disse pra mim dias atrás quando estava na minha cama - Tenta me intimidar com suas mentiras, ela acha que eu sou idiota ou o quê?
- Não foi para ficar soltando seu veneno que você veio aqui, ou foi? - Mal sabe ela que o Riccardo mal saiu de casa nesses últimos dois meses tentando conseguir meu perdão.
- Eu vim apenas deixar as coisas bem claras para nós duas, não se iluda queridinha. Esse seu papel de mulher perfeita, a grande esposa do Dom não passa de uma piada. Uma hora ou outra ele vai acabar percebendo a burrada que fez, e vai vir correndo atrás de mim. O que uma criança que acabou de sair das fraldas pode oferecer para um homem como o Riccardo? Nada! Aposto que você não consegue nem chupa-lo direito.
- Bom, Paola - Tento usar o mesmo tom que ela - Posso não saber muita coisa desse mundo, mais se eu realmente fosse uma criança como você mesma diz, eu não representaria uma ameaça pra você - Sua expressão muda completamente - Seu desespero e tão grande, que precisou vir até aqui para mostrar que você está muito abaixo de mim... E pra seu governo, ele nunca reclamou do meu trabalho na cama.
- Sua desgraçada... eu sou suficiente para ele sim, você é só mais uma buceta nova que ele está adorando comer.
- Se Você fosse mesmo tão suficiente, ela não estaria de quatro por mim, tá fraca demais em vadia? - Entro no seu jogo sórdido.
- Sua pirallha maldita, você está se iludindo por um homem que não te ama de verdade, você é só mais uma conquista dele.
- Paola, estou cansada demais pra ficar aqui discutindo com você - Debocho - Eu até poderia me rebaixar ao seu nível, mais eu não cheguei a conhecer esses seus palavriados já que eu fui muito bem educada, quando você virar uma mulher adulta, me procura. - Estou realmente cansada dessa mulher escrota é mentirosa, me viro para pegar minha bolsa e ela segura meu braço com força.
- Sai do meu caminho, Alyssa. Eu sou capaz de tudo para ter meu homem de volta.
- Tá me ameaçando- Pergunto com mais deboche vendo sua feição mudar.
- VOCÊ É SO MAIS UMA PUTINHA, UMA PIRANHA... - Começa a gritar no meio daquelas pessoas - A única coisa que ele quer é brincar com você, te usar... Você é muito otaria quando caiu na lábia e nos encantos dele. SIA TROUXA RIDÍCULA.
- Posso até ser tudo isso que você falou, mais comparada a você minha querida, que foi completamente jogada para fora da vida dele a ponta pés- Ela avança em mim mais eu consigo segurar suas mãos- Acho que a única ridícula aqui é você, Você nunca terá reconhecimento, e sabe porque? Por que prostitutas não servem para casar e ser feliz, sua vida e viver num bordel.

Acabo deixando a raiva tomar conta de mim e parto com tudo para cima dela, dou vários tapas em seu rosto, a vadia ainda consegue me acerta algumas vezes mais nada que eu não possa aguentar, derrubo ela em cima da mesa com tudo derrubando as garrafas e copos que estavam ali, estou completamente tomada de raiva é ódio. Subo em cima dela dando vários murros em seu maldito rosto, puxo seus cabelos com força batendo sua cabeça com força na mesa. Ela vai devolver cada palavra, tomada pela raiva pego um copo e quebro na sua cabeça, quando sinto uns braços fortes me puxarem.
- Para com isso, Alyssa - Continuo me debatendo em seus braços, sem que eu percebesse acabo o machucando é assim ele me solta, corro na direção dela o mais rápido que eu posso dando o maior tapa em sua cara é depois agarrando seus cabelos dando uma ajoelhada em seu rosto com força - Alyssa... Para com isso... Por favor, meu amor. - Ele me abraça por traz.
Meu corpo congela por alguns minutos quando escuto a palavra amor saindo da sua boca, me viro olhando para ele em choque, no meio de tanto cãos ele resolver soltar uma dessas.
- Amor? - Falo num tom meio esquisito que nem eu mesma entendo, ele se aproxima novamente com um sorriso tímido nos lábios - Você me chamou de amor?
- Acho que sim - Ele parece ficar sem jeito é me abraça.
- QUE CENA MAIS LINDA... - Paola se levanta batendo palmas, a desgraçada está acabada - VOCÊS ME DÃO NOJO...
- Eu vou acabar com a sua raça sua maldita - Tento ir em direção a ela mais o Riccardo me impede.
- Deixa - Ele segura meu rosto - Agora eu resolvo, ela desobedeceu uma ordem minha é saiu do bordel... Você já fez mais que necessário.
Beija minha testa é vai em direção a cachorra que está chorando horrores é reclamando dos ferimentos que eu causei em seu rosto e corpo, ele a pega pelos cabelos é sai arrastando ela para o lado de fora. Minha boca está cortada posso sentir o gosto metálico na minha língua, estou parecendo o Riccardo quando apanhou do meu irmão, só que ao contrário dele eu bati. Me levanto correndo até a sacada da área vip, os nossos seguranças abriram o caminho para ele passar é a musica para, sem ninguém esperar o Riccardo joga ela do lado de fora da boate com se fosse um lixo, não consigo esconder o sorriso de satisfação. Não escuto o que ele diz para ela por causa do barulho das pessoas comentando sobre o caso, mais escuto seus gritos de que ele iria pagar por isso.
Pego minha bolsa, vejo as meninas paradas me olhando com uma caras, desço as escadas e nossos olhos se encontram novamente, os seguranças novamente abrem o caminho, vou na sua direção com um sorriso bobo no rosto, nem parece que eu quase matei a vadia há alguns minutos.
Os carros já estavam estacionados quando saímos da boate, está chovendo. Começo a andar até eles quando escuto uma voz bem familiar me chamar.
- Alyssa - Me viro na direção da voz, e me assunto quando vejo a minha ex-amiga Alice parada há poucos metros da gente.
- Quem é ela? - Riccardo pergunta, me admira ele ter esquecido dela assim como eu.
- Ninguém importante. - Não respondo ela, apenas me viro é entro dentro do carro.
Sei que ela vai me procurar, mais nada justifica ela ter me abandonado quando eu mais precisei do seu ombro amigo.

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