Capitulo 41 - Riccardo

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As nossas famílias chegaram poucas horas depois, todos fizeram exames para saber se poderiam doar sangue para Alyssa e somente eu é o seu irmão tínhamos sangue tipo A+, agora estou sentado na sala de espera sem nem me mover do lugar, ainda pude ver o meu irmão correndo para emergência com Bianca nos braços, pois o infeliz do seu pai também havia tentado matá-la sorte que o tiro acertou somente o seu braço. Continou aqui pensando em toda essa merda que está acontecendo nas nossas vidas, o meu coração dói tanto de uma forma estranho é ao mesmo tempo, desesperadora. Eu nunca pensei que conseguiria sentir medo, que esta tomando conta de mim por inteiro.
- Como a minha irmã está, Riccardo? Não encontrei o médico - Eric vem na minha direção totalmente, abalado. Já era de se esperar eles são irmãos, assim como eu é o Arthur eles também sente a dor do outro.
- Não sei... - Respondo totalmente desestabilizado - O médico disse que o caso dela era grave, é que ainda corremos o risco de perde-la... Ainda não pude vê-la - Todas as palavras que saem da minha boca estão carregadas de dor é ódio.
- Meu Deus! Que droga, se ela estivesse comigo não estaria passando por uma merda dessas - Anda de um lado para o outro bem nervoso - Eu podia ter evitado isso, mais não fiz. Espero que você Dom, faça aquele maldito pagar bem caro pelo que fez com a minha irmã. Se ela morrer, você será o culpado!
Ele saí para procurar o médico que está cuidando dela para que ele o contasse as mesmas coisas que me falou há pouco tempo, somente o meu papa é o meu irmão ficam ao meu lado para tentar me acalmar de alguma forma.
- Não foi sua culpa, fliglio. Não deixe se abalar assim tão fácil, ela vai sair dessa.
- Foi minha culpa sim, Eric tem razão em dizer que se arrepende de ter feito aquele acordo, se eu não tivesse procurado ele nada disso teria acontecido - Respondo - Se eu tivesse ido com ela para casa, ele não teria feito isso.
- Não diga besteiras se bastardo, isso poderia ter acontecido com qualquer um de nós há qualquer hora, dentro da máfia sempre corremos esses tipos de risco é você mais do que ninguém sabe disso - Arthur me repreende, apenas escuto calado a suas arfirmaçãoes - O que aconteceu com minha cunhada foi desastroso, mais Matteo sabia que pegando ela desestabilizaria toda a família.
- Eu falhei fratello, falhei miseravelmente como marido não protegendo a minha esposa como deveria, é também como Dom.
- Continua falando merda assim que eu meto uma porrada na sua cara, acorda isso foi apenas uma fatalidade - Ele segura o meu ombro com um sorriso no rosto.
Agradeço por sempre sermos tão unidos, ambos já fizemos muitas coisas boas e ruins também um para o outro, sem nem sequer questionar. Não tem nenhum momento em que não estamos juntos, eu amo o meu irmão. Mesmo com uma infância tão difícil nunca deixamos as nossas diferenças atrapalharem essa conexão de irmão, agradeço a minha mama por te nos trazido ao mundo como grandes amigos.
Ficamos o resto da noite aqui sentados há espera de notícias sejam elas qual forem, o meu pai foi para casa descansar depois desse dia tão turbulento. Ficamos somente eu é o Arthur ambos preocupados com as suas esposas, nos dois esperamos anciosos por respostas que não chegam nunca. Não vi mais o doutor depois da doação de sangue, queria poder vê-la nem que fosse pela droga do vidro, queria ver ela respirando para poder aliviar um pouco dessa angustia em meu coração. O dia amanhece bem rápido, só recebi quando vi o sol invadir a sala de espera onde estávamos sentados como se estivéssemos de castigo, meu coração despara quando vejo o médico se aproximar com uma cara nada boa, espero que a minha doce Alyssa esteja bem.
- Bom dia, senhores - Nos cumprimenta.
- Então doutor? - Não tive tempo de perguntar o seu nome.
- Estêvão, pode me chamar assim - Responde.
- Então Estêvão, como a minha esposa está? - Pergunto bem ancioso.
- Ela passou a noite em observação, é agora pela manhã passou por mais alguns exames para termos certeza do diagnosticos certos - Procura um papel no meio de tantos é me entrega com uma cara de tristeza, chego a pensar no pior sem nem olhar para o papel - Infelizmente trago mais notícias ruins, nesse caso para o casal.
- Fala logo de uma vez, não gosto de rodeios - o meu irmão percebo minha angústia é se aproxima segurando o meu ombro.
- Calma, nada vai se resolver assim - Fala é eu apenas concordo.
- Sua esposa senhor Riccardo, estava grávida de pouquíssimos dias como mostra os exames que eu lhe entreguei - o meu corpo congela quando leio o papel nas minhas mãos - Mais por causa de uma faca, não sei dizer se foi mesmo uma. Ela perdeu o bebê, correndo um grande risco de não poder engravidar mais, farei de tudo para isso não acontecer. Eu sinto muito pelo seu filho.
- Grávida, não é possível... Por que ela não me contou - Me nego aceitar a verdade que acabou de ser jogada na minha cara.
- Provavelmente ela também não sabia, como eu disse eram poucos dias de gestação. Tudo que posso afirmar e que ela apenas se sentiria mal, achando que poderia ser outra coisa.
- Meu Deus.... POR QUE! - Grito desesperado arremessando uma cadeira em umas das paredes, soco a mesma com força chegando a sangrar, as lágrimas rolam soltas pelo meu rosto - QUE MERDA... MERDA... MERDA - Porque? Ela não merecia isso, como vou dizer para ela sobre isso. Nem eu mesmo sei como reagir.
Eu deveria ter desconfiado disso, ela não passaria tão mal daquele jeito se não fosse algo importante, meu peito dói tanto, quase perdi a mulher da minha vida é agora acabo de descobrir que perdi um filho no meio disso tudo, não posso aceitar que ela corre risco de nunca mais engravidar por causa de uma loucura daquele desgraçado do Matteo, ela vai pagar bem caro por isso.
...
Insisti para o Estêvão me deixar vê-la, é finalmente consegui. Serão poucos minutos para ela não correr mais riscos. Fiz um procedimento de esterilização para poder entrar dentro do quarto na UTI, sei que o médico está quebrando uma regra me deixando fazer isso, mais ele não seria tão mal depois de ter me dado uma das piores notícias da minha vida. Entro é me deparo com uma das cenas mais triste que uma pessoa pode ver, o seu corpo inteiro cheio de aparelho ajudando ela a lutar para sobreviver, até para respirar ela esta tendo ajuda, me aproximo vendo seu lindo rosto tão machucado me dando ainda mais raiva de mim.
- o meu amor - Beijo sua testa com muito carinho - Volta logo para gente, estamos preocupados com você... Saiba que eu estarei aqui sempre até você acorda, porque eu te amo muito. - Faço carinho nos seus cabelos, chorando muito. Acho que nunca chorei tanto na minha vida como agora.
Por vários minutos os únicos barulhos que se podia ouvir ali dentro daquele quarto escuro eram dos aparelhos, eu somente há observava em silêncio tentando ser mais forte com toda aquela situação, nada que eu dissesse adiantaria muita coisa. As minhas lágrimas já diziam muito por mim mesmo, era uma dor que estava insuportável carregar.Vou
Tive que me despedir dela pouco depois quando o médico veio me chamar, se houver alguma melhora ela poderá ser transferida para um quarto onde poderá receber visitas.
- Vocês dois deveriam ir descansar, eu posso ficar aqui - Bianca fala assim que volto para onde eu estava, ela levou um tiro de raspão no braço por isso já teve alta.
- Vou ficar, você que deveria voltar para casa, levou um tiro. Deve descansar.
- Não é a primeira vez que isso acontece comigo Riccardo - Vem na minha direção se abaixando na minha frente - Dom, você precisa descansar, precisa fica bem. Alyssa precisa de você mais do que ninguém, até a máfia precisa do Dom de volta. Você não vai conseguir fazer o meu pai, quero dizer aquele homem louco pagar pelo que fez se estiver mal desse jeito, passou o momento desespero. Sei que é difícil perder um filho, mais ainda tem alguém lá dentro contando com você.
- Bianca tem razão fratello, centraliza a suas emoções coloca essa cabeça no lugar - Arthur completa, vejo que eles estão certos.
- Tudo bem, eu vou para casa - Me levanto - a minha irmã está vindo para ca, me liguem se houver qualquer novidade.
- Ligarei, pode ir tranquilo - Peço pro Arthur deixa uma arma com ela, não se pode confiar mais em ninguem ao nosso redor.
Agora vou para casa tentar relaxa e coloca a minha cabeça no lugar, tentarei resolver os assuntos da máfia o mais rápido possível para volta pro hospital, confio na Bianca mais prefiro ficar por perto. Estou tão mal, saber que perdi um filho acabou comigo de uma forma tão dolorosa, estarei com a minha esposa diariamente até ela acordar.







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