capítulo 25 - suave como uma pedra.

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S/N POV

— uma mãe não era pra fazer a filha ficar desse jeito... — nayeon dissera. dei um suspiro e ri logo em seguida de forma amarga. — a minha sim, nana.

respirei uma última vez o cheirinho do pescoço da park e me afastei, me encostando na cabeceira macia da cama. imediatamente a mão de tzuyu veio de encontro com a minha, que fiz questão de segurar.

— quando começamos a discutir, eu começo a ter raiva e querer bater em alguma coisa. eu apenas me seguro, não sei como ainda aguento, mas me esforço bastante pra não machucar alguém. por mais que eu queira... — sussurrei a última parte.

mordi os lábios e encarei as minhas mão juntas de tzuyu.

— acontece isso apenas com minha mãe, ninguém me deixa assim como ela. — continuei. as meninas ficavam apenas ficavam observando, esperando eu colocar tudo pra fora. — na minha adolescência, eu não namorava, não gostava muito de sair, nem hoje em dia também, mas, ela sempre implicava o porquê de não ter alguém que eu gostasse ou namorava.

olhei agora para a mão de sana, que acariciava minha perna.

— piorou quando em um tipo de coragem, eu me assumi bissexual. eu sabia que não gostava de homens, óbvio, mas como minha mãe era homofóbica, eu pensei que ia normalizar um pouco... — respirei um pouco. — ela chorou, falou que não queria uma filha daquele jeito, ela iria se matar e outras coisas mais.

pude ver jeongyeon fazer uma careta.

— como eu era de menor e eu tinha medo de morar com meus outros parentes, que também são homofóbicos, eu desmenti e falei que tinha sido uma fase que tinha passado faz tempo. — joguei minha cabeça pra trás. — ela falava que se eu gostasse ou aparecesse namorando uma mulher, me daria uma surra e contrataria um homem... pra.. me fazer mulher de verdade. pra ela é somente homem com mulher e vice versa.

pude ver os olhos chocados dss meninas na minha frente, provavelmente chocadas com aquela situação.

— como que ela... porra!! — momo se alterou. — uma mãe não era pra fazer isso!

sorri sem ânimo e concordei com a cabeça.

— a dois dias ela ligou perguntando pra ver se eu estava bem, e aí começou com a história de eu começar a arrumar alguém. e novamente veio me dizendo que aquilo que falei a anos atrás era fachada e viria aqui em casa ver como estou e se tenho alguém. — torci a cara em desgosto. — não duvido nada da minha mãe, quando ela fala ela faz, simples.

ficamos um tempinho em silêncio e myoui perguntou baixinho.

— porquê agora que você tem sua própria casa e não depende mais dela, se assume? — balancei a cabeça em negação.

sim, eu era covarde.

— não consigo, minari. meus avós gostam muito de mim, não queria ver a decepção na cara deles. por mais que meu tio seja gay, eles aceitam o fato porque ele é um encostado e não tem onde cair morto. apenas isso. eu sou a netinha favorita do meu avô, kimi sabe disso, não quero ver ele chorar. — minhas lágrimas começaram a se esgueirar pelas minhas bochechas novamente. — s/a, se seus avós gostam de você, eles vão te aceitar.

jihyo afagou meus cabelos de forma carinhosa.

— eu não sei, se assumir é tão difícil. — dahyun veio em minha direção e deitou no meio das minhas pernas, abraçando minha cintura. sorri fraquinho por aquilo e minhas lágrimas foram secadas pela chou que sorriu em minha direção. — nós sabemos, por mais que nossos pais tinham mente aberta, ainda sim era preocupante para nós todas.

uma para nove - imagine twiceOnde histórias criam vida. Descubra agora