capítulo 14

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Mais um capítulo bem inspirador para vocês (pelo menos eu espero que sim 🥲) eu espero que gostem 🤍🥰

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- Michael, acorda!- ela acaricia seu rosto molhado após deita-lo em posição dorsal sobre a cama.

- o que está acontecendo?- Karen entra pela porta, preocupada.

- eu o encontrei assim.. ele não está bem!- Rachel responde visivelmente abalada com a situação, controlando suas lágrimas para não se desesperar tanto, mas era impossível.

- a ambulância está a caminho!- Daryl entra no quarto caminhando para o lado das garotas. As mãos trêmulas da garota certificam se há alguma obstrução de seu cateter, mas estava tudo normal.

- Michael, por favor...- ela sussurra em seu ouvido, antes de beijar sua testa em carinho e implorando, silenciosamente, para que tudo fique bem.

Os paramédicos adentram pelo quarto de Michael, colocando-o em uma maca e saindo com ele para dentro da ambulância. É Karen quem o acompanha o filho inconsciente até o hospital, sempre respondendo as perguntas dos paramédicos. Já Daryl estava em casa, apenas observando o trabalho de sua nora para acalmar sua neta, Alice. A bebê não parava de chorar mesmo nos braços de sua mãe.

- filha, por favor...- Rachel resmunga já com os olhos marejados por seu desespero em ter seu noivo no hospital e sua filha, que não parava de chorar, infelizmente todos os seus recursos havia acabado. Ela verificou a fralda da bebê e a amamentou, mas nada cessava seu choro.

- Rachel, me dê Alice.- Daryl se aproxima e estende seus braços para a neta. A jovem mãe, desesperada, entrega a bebê para seu sogro, ela estava visivelmente sem cabeça para tentar acalmar sua filha. Ele sabia que era muito para uma só pessoa processar.

- vá para o hospital, eu cuido de Alice.- o pai de Michael pede a nora, que não mede esforços para seguir para o hospital. Seu coração ansiava por notícias de seu noivo. Ela pega sua bolsa e tudo o que precisava, principalmente seu celular, caso Daryl ligasse.

- me ligue se precisar de algo.- a loira pede ao sogro.- há uma mamadeira de Alice na geladeira.- ela não espera a resposta, apenas sai apressada até o carro, em direção a notícias de Michael.

Ela caminha pela entrada do hospital em passos apressados e segue até um balcão que dizia "recepção".

- Michael... Michael Gordon Clifford, por favor.- as mãos da jovem tremiam, seu coração estava preste a sair pela boca, enquanto esperava que a mulher remexia em seus papéis e desse a sua resposta.

- segundo andar.

Rachel não espera. Segue até o elevador e aperta o botão para seu andar, mas é em vão. Ela corre pelas escadas e sobe um lance delas até o segundo andar, onde encontra Karen.

- como ele está?- a loira pergunta aflita para a mãe de Michael.

- o levaram para exames. Ainda não temos um diagnóstico.- ela responde e abraça sua nora fortemente. Ninguém consegue ser forte o tempo todo e ela aprecia o quão forte Rachel tem sido, dia após dia com tudo o que estava acontecendo.

Após algumas horas, o diagnóstico foi feito. Pneumonia.

[...]

Rachel é chamada para poder vê-lo naquela manhã. Alice fica com sob cuidados de Luke, Calum e Ashton que estava aguardando também na recepção.

A garota limpa suas mãos suadas em sua calça antes de entrar por uma enorme porta, que dava acesso aos quartos do CTI. Ela sempre odiou hospitais e mesmo que tenha passado meses ao lado de Michael após o acidente, ela ainda não conseguia se acostumar com as sensações que sentia sempre que estava ali.

Por um momento, Rachel permanece do lado de fora do quarto, o observando pela imensa janela de vidro do local. Ela sabia que seria assim. Seria idas e vindas de hospitais, por qualquer coisa que interferir na saúde de Michael. Suas lágrimas ameaçam a cair, quando um pequeno filme passa por sua mente.

- eu preciso saber!- Rachel exige de uma das enfermeiras da emergência do hospital, assim que pede informações de Michael. Seu pai a abraça, enquanto sua filha chora desesperadamente. Seu coração se parte em vê-la daquela maneira.

- eu preciso vê-lo...- ela sussurra ainda abraçada ao seu pai, notando as mãos sujas de sangue de seu namorado.

Por alguns minutos ela se rende e apenas aguarda, impaciente, mas permanece a espera de alguma novidade. Horas se passam, até que a família recebe notícias, deixando-os ainda mais abalados.

- doutor, como meu filho está?- Karen se aproxima enxugando as lágrimas de seu rosto.

- sra Clifford, Michael no momento está estável, mas sedado. Fizemos uma cirurgia para tentar reparar o dano em sua coluna, mas houve um dano severo na sua vértebra cervical, mais precisamente na C2...- naquele momento, Rachel não conseguiu processar mais nada do que aquele homem dizia. Tudo estava desmoronando e sabia o quão grave era.

- há alguma chance de recuperação?- Rachel pergunta, fazendo todos olharem para ela. Eles sabiam a resposta, mas ela precisava ouvir claramente.

- como eu disse, senhorita...-

- Rachel.- seu pai responde, envolvendo um de seus braços sobre ela.

- eu preciso ser sincero com todos vocês. não... não há nenhuma chance de Michael recuperar seus movimentos ou respirar por conta própria.

Rachel pisca freneticamente e volta seus pensamentos para Michael novamente deitado em um leito de hospital. Ela sabia que estavam destinados a voltarem para aquele local e deveria ser forte por Michael.

- ei, meu amor.- ela adentra ao quarto, podendo estar no campo de visão dele, que estava visivelmente cansado, mas tentava se manter acordado para poder dizer a Rachel que ficaria bem.

- como se sente?- ele pergunta, sua voz sai mais rouca e baixa do que o normal, Rachel espera que seja pelos remédios que o deixou tão zonzo.

- sou eu quem deveria perguntar para você, Michael.- ela o repreende de bom humor, fazendo-o sorri levemente. Rachel leva uma de suas mãos ao rosto dele, acariciando ali, e a outra segura fortemente sua mão, sentindo seu toque quente em contato com a sua.

- descanse, amor...- ela pede e Michael não discute, por mais que ele gostaria de ainda observa-la.

- você pode descansar agora. Eu estarei aqui quando acordar.- ela deposita um beijo demorado em sua testa, fechando os olhos e deixando as lágrimas escaparem.

Não existe nada mais desesperador para Rachel do que vê-lo ali. Suas vidas foram mudadas transticamente, e por mais que tenha se passado um ano e cinco meses, ela se sente desesperada, mas sabe que precisa de Michael como o Michael precisa dela. Ele era sua sanidade para os momentos em que a loira não se encontrava em sã consciência. E ela era os membros dele, seus braços e suas pernas para poder caminhar novamente. Eles precisam um do outro. 

Paralyzed | Michael Clifford Onde histórias criam vida. Descubra agora