Paralyzed | Michael Clifford

capítulo 48

Oiii, tudo bem com vocês? Perdoem a demora para atualizar. Estou naquela fase do bloqueio criativo. ☹ mas eu espero que vocês gostem do capítulo de hoje.

Boa leitura! 🤍

A família e amigos voltam para suas rotinas normais. As meninas vão para a escola após o final de semana de comemoração. Eles estão de volta e uma das melhores épocas a cada quatro anos, também. A copa do mundo.

- amor, o jogo da Seleção Australiana acontece amanhã.- Rachel estava propondo um pequeno momento com seus amigos para aquele momento. Por mais que eles morassem em Los Angeles, a Austrália sempre será o lar dos quatros garotos. E tudo que ela gostaria, era poder vibrar e torcer pelo país de Michael.

- eu estava pensando, podemos nos reunir com os garotos.- ela finalmente propôs o que tanto pensava.- e poder assistir ao jogo juntos.

- gosto da ideia.- Michael sorri.- eu vou ligar* para o Calum.

Rachel sorri e beija sua cabeça carinhosamente antes de deixá-lo a sós. No cômodo ao lado, ela se pega o observando. Ele se tornava tão independente a cada dia. Suas habilidades em digitar em seu celular e até mesmo em seu notebook, a deixava ainda mais contente. A própria independência de seu marido era uma das grandes vitórias em suas vidas.

- sério?- a loira resmunga quando nota que o Gary estava dentro de casa, bem ao seu lado. As garotas saíram tão apressadas para o colégio, que não se lembraram de fechar a porta do quintal.

- venha pequeno, você não pode ficar aqui.- a loira diz e se agacha para pegá-lo em sua mão. O pato crescia a cada dia. Gentilmente ela o leva para o quintal de sua casa, onde ele pôde se aventurar e conhecer o lugar onde moraria dali em diante.

A esposa de Michael o encontra falando por FaceTime um de seus amigos. Curiosa, ela se aproxima e também está sobre a pequena tela do celular, que ficava preso a um suporte na cadeira de Michael. Ela sorri e acena para o amigo do outro lado.

- eu espero você e os garotos para podermos assistir a estreia dos Socceroos na copa do mundo.

- levamos as bebidas.- o moreno diz, mostrando que bebia uma cerveja.

- a essa hora, sr Hood?- Rachel questiona incrédula. Os três riem e ela se despede, mais uma vez, reforçando o convite. Antes de seguir para a cozinha e preparar o almoço daquele dia.

Já Michael, faz questão de ligar para os outros dois amigos e os convidarem para aquela pequena confraternização. Afinal, copa do mundo acontece apenas a cada quatro anos. 

- amor? As meninas* disseram que não vem para o almoço.- é Michael quem diz, após receber uma mensagem de Alice.

- como assim?- Rachel questiona da cozinha. Limpando as mãos em seu avental, ela se apressa até o cômodo onde seu marido se encontrava.

- onde elas estão?

- casa da Emily.- o loiro lê a mensagem que acabava de chegar. Com agilidade, ele segura em sua boca, uma espécie de lápis, podendo manusear com facilidade o seu celular, digitando o que gostaria de dizer a uma de suas filhas. Ele coloca o objeto ao lado e finalmente olha para a mulher ao seu lado.

- um almoço a dois.

Sorrindo, ela se aproxima até que pode selar seus lábios ao dele. Rachel ama a ideia.

[...]

- por que não podemos ficar e assistir ao jogo com vocês?- Alice resmunga, após seus pais insistirem que elas não poderiam faltar a aula.

- porque vocês já faltaram na semana passada.- Rachel comenta mais uma vez.

- com certeza vão ter* outras oportunidades.- é Michael quem diz, olhando para as adolescentes a sua frente. Yasmin estava com sua mochila nas costas, apenas esperando para que sua irmã e ela pudesse ir para o colégio. Já Alice, permanecia com seu pequeno beiço de indignação.

- não precisa fazer esse beicinho igual ao seu pai.- a mulher a repreende.- vão já para o ponto, ou vocês perdem o ônibus.

Rachel tentava ser dura com ambas quando realmente era necessário. Mas notava que Alice estava ficando mais manhosa em relação às aulas. Talvez seja por ser o fim do ano letivo, e isso é o que ela espera.

Com as meninas no colégio, ela terminava de organizar a sala para a chegada dos amigos. A bandeira da Austrália estava sobre uma pequena mesa no meio da sala, juntamente com alguns petiscos para aquela tarde. O casal também estava devidamente uniformizados. Por mais que Estados Unidos e Brasil sejam os países de origem de Rachel, ela sentia que Austrália também era sua casa. Tantos anos com um australiano era impossível não se simpatizar.

Não demora para eles chegarem. Mesmo de dentro de sua casa, eles ouvem as vozes eufóricas dos seus três melhores amigos. Eles carregavam alguns fardos de cerveja, como prometeram. Também trajados nas cores da bandeira do seu país de origem. Eles não precisam ser convidados a entrarem. Eles mesmo adentram pela casa, cumprimentando Michael e em seguida, Calum vai até a cozinha para colocar as bebidas na geladeira.

- vocês são muito barulhentos.- Rachel comenta rindo. Enquanto o moreno guarda as bebidas.- é impossível não ouvir vocês chegarem.

- nós só somos assim nos lugares onde nos damos bem.- ele se justifica, fazendo a garota gargalhar com a fofa justificação.

Ela sabia que eles sempre serão os melhores amigos que Michael poderia ter. Cada dia ela se sente mais grata por tudo que eles fazem por Clifford. E ela aprecia, principalmente, esses pequenos gestos.

Encontrar os melhores amigos para torcer, vibrar e celebrar a conquista de estar participando da competição mundial, e carregar o seu país no peito. Para ela não tem preço, e para Michael também não tem.

- vamos lá.- Rachel diz para Calum, que pega as cinco cervejas e segue para a sala. Luke e Ashton se acomodam no imenso sofá, mas Calum se senta no chão, ao lado da cadeira de rodas do amigo.

- mais alguém está com o coração acelerado?- Luke pergunta e Rachel levanta a mão por um instante, confirmando a pergunta do amigo.

- o bebê vai nascer sendo um australiano, não é bebê?- Luke acaricia a barriga da mais nova mamãe ao seu lado, tirando sorrisos dos outros que observam a cena.

- como o pai.- ela confirma e gentilmente acaricia a mão de Michael sobre o encosto de sua cadeira. O seu olhar genuíno está sobre ela, que sorri alegrimente para seu marido.

Seus olhares se voltam para a televisão, onde o juiz dava o sinal inicial para o começo daquele jogo. Eles gritam, se exaltam e vibram em alguns lances, mesmo que não seja por gol. Eles realmente se divertem, trocando suas ideias sobre quais jogadores deveriam entrar.

Rachel, mesmo sem entender muito de futebol, ela apenas aprecia, perto o suficiente para poder levar a bebida e comida para o marido ao seu lado. Sua vida mudou completamente, mas ela ainda aprecia a sua vida. Por mais cansativa que seja, ela não reclama. Esses momentos ao lado de todos aqueles de quem ela ama e principalmente, Michael ama, compensa tudo em sua vida. Ela é grata por isso.