Olhos medonhos

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Oie!
Sei que o Harry dessa fic é extremamente fofo e parece ser bem inocente, mas ele apenas têm dificuldades de falar. Mas vocês vão entender no decorrer da fanfiction.

Estou amando escrever essa fanfic, espero que também estejam gostando.
Não se esqueçam de votar e comentar, beijooos...

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Harry estava sentado diante da penteadeira, com o braço erguido, pronto para escovar os cabelos quando a porta do quarto foi aberta. Ele manteve sua mão parada no ar e observou a porta pelo reflexo do espelho.

Não precisava ver para saber de quem se tratava, o cheiro por si só entregava a presença do alfa de olhos azuis-acinzentados. Um aroma inigualável e lascivo que despertava os sentidos do ômega.

As sobrancelhas de Harry se franziram ao notar que algo estava diferente . Havia outro aroma presente.
O ômega abaixou a escova devagar, deixando- sobre a penteadeira e virou-se na direção do alfa. Não havia mais ninguém no quarto além dos dois.

— Olá, ômega. — Louis cumprimentou o de olhos verdes, sua voz soando surpreendentemente gentil e refinada. Ele só havia dito duas palavras e mesmo assim Harry notou um traço de... Vulnerabilidade? — Está melhor?

Harry não respondeu, virando-se para o espelho outra vez. Sua aparência estava bem melhor do que se lembrara. Sua pele ganhou cor e seu rosto não parecia mais tão magro .

— Ainda não quer falar comigo? — sua voz soou mais próxima e Harry pôde vislumbrar sua silhueta pelo reflexo do espelho — Não é como se eu me importasse. — o alfa diz seriamente, caminhando na direção do banheiro — Na verdade, prefiro assim.

O ômega observou Louis passar pela porta do banheiro, entrando no mesmo antes de fechá-la. Harry pegou a escova sobre a penteadeira novamente e se dispôs a pentear seus cabelos ondulados.

Minutos pareceram se passar. O ômega estremeceu ao sentir a presença de mais alguém no quarto e olhou fixamente para as cortinas que se mexiam. Harry deixou a escova sobre a penteadeira mais uma vez e se pôs de pé.

Uma brisa fria pareceu invadir o quarto conforme as cortinas começaram a se distanciar. Uma sombra atravessou a varanda, acelerando a pulsação do ômega.

Sem pensar, correu até o armário de Louis a procura de algo para se defender. Ao encontrar uma das gavetas, ele a abriu e colocou a mão lá dentro. O metal frio parecia obsceno em sua mão. Pegou a arma, torcendo para que estivesse carregada e se virou na direção das janelas outra vez.

Harry engoliu em seco e segurou firme o revólver. Começou a tremer. Seu coração batia forte. Ele olhou fixamente para a janela, sem se mexer, sequer respirou enquanto observava dois olhos negros espiando atentamente por entre as cortinas.

Destravou o revólver, segurando-o com os braços esticados e as mãos trêmulas. Afastou-se devagar o quanto pôde e depois ficou firme, mantendo o dedo no gatilho.

A porta do banheiro entreabriu-se de leve, em seguida foi totalmente aberta e a silhueta do alfa se destacou. Mergulhado em uma onda de pânico e desespero, escorregou seu dedo no gatilho, pressionando-o. A arma disparou na direção de Louis e a bala lhe acertou em cheio no ombro direito.

— Porra! — grunhiu de dor, enquanto lutava para se manter de pé, levando uma das mãos ao ferimento de bala — Qual o seu problema, ômega imbecil? — berrou, assustando ainda mais Harry que encolheu os ombros e deu passos para longe do alfa, direcionando seu olhar para a janela — Não pense que não acabarei com você. Melhor correr.

O ômega deixou a arma sobre a penteadeira e correu na direção do alfa que ergueu os olhos para fitar os verdes a sua frente. Harry o ajudou a se sentar em sua cama, sem conseguir desviar sua atenção dos olhos escuros de Louis. Ele estava irritado, foi o que concluiu.

Black Out Days  ✧ l.s • ABO •Onde histórias criam vida. Descubra agora