Preso por pensamentos ciumentos
Loucamente apaixonado no quarto
Você cheira tão bem, não precisa de perfume
Eu sou uma tulipa, você é o florescer da primavera
Eu seria um tolo se não amasse você- Perfume - mehro
Harry acordou pela manhã, sentindo todo o seu corpo doer. Ele se espreguiçou, rolando na cama. No momento em que seus olhos se abriram e a consciência foi recobrada, pôde sentir o choro vindo com tudo. A imagem do senhor Parker morto se fez presente, causando-lhe um enjoo.
Levantou-se depressa da sua cama e tentou alcançar o banheiro, mas acabou caindo devido a exaustão. A bile subiu por sua garganta e ele vomitou ali mesmo, no chão do quarto.
O ômega sentou sobre os calcanhares, enquanto soluçava, chorando descontroladamente. Seu corpo estremeceu quando a porta do quarto foi aberta de abrupto por Louis, que correu imediatamente até ele, o amparando.
— Ei! Tudo bem, tudo bem... — abraçou seu ômega, apoiando cabeça dele em seu peito, enquanto fazia um carinho sutil em seus cabelos — Se acalme. — sussurrou, pressionando os lábios para reprimir a vontade de chorar — Odeio vê-lo assim.
— Lou... — sibilou baixinho, em meio aos soluços — Eu quero lhe pedir uma coisa.
— Tudo que você quiser, meu amor. — disse firme, intensificando o aperto em torno do ômega — Eu faço qualquer coisa pra te ver feliz.
Harry se afastou minimamente para fitar aqueles orbes azuis que tanto amava. Ele sorriu involuntariamente ao se lembrar do segredo que guardava. Mal via a hora de contar ao seu alfa.
— Eu quero ir embora daqui. — disse de uma vez. Louis se surpreendeu, mas não disse nada, apenas assentiu — Eu amo esse lugar. Nossa cabana, mas... Não aguento mais me esconder. Ser perseguido por todas essas pessoas ruins e... Eu quero ser feliz com você.
— Ahn... Certo! — Louis esticou suas mãos, tocando as do seu ômega com carinho — Eu pensei nessa possibilidade, mas alfas puros, da minha espécie possuem uma ligação. Uma conexão entre irmãos e eles me achariam em qualquer lugar, Harry.
— Ele matou o Jhonny. Ele me perseguiu e... — balançou a cabeça, engolindo o choro preso em sua garganta — Quantos deles existem? O que preciso fazer pra eles me deixarem em paz?
— Quem é Jhonny? — Tomlinson piscou seus olhos. Estava cada vez mais confuso — Quem perseguiu você?
— Leonard. Seu irmão. — levantou-se, cambaleando devido a tontura — Eu vou limpar isso aqui. Tomar um banho e depois conversamos.
— Eu limpo isso, pode tomar seu banho. Se precisar de algo é só me chamar, okay?
— Okay!
Harry retirou suas vestes e entrou no box do banheiro, ligando o registro em seguida. Se dispôs a tomar seu banho, sentindo a água quente deslizar por sua pele, relaxando seus músculos.
Ele pesou a situação numa fração de segundo. Estar esperando um bebê em meio ao caos que enfrentava no momento, não parecia a melhor das ideias. Mas Harry não conseguia deixar de se sentir extremamente feliz e realizado. O ômega temia pela sua vida, pela vida do bebê, do seu alfa e de todos os seus amigos, mas ele queria se sentir vivo outra vez. De poder se sentir inundado pela esperança. Aquele sentimento que há muito tempo não pôde usufruir.
Ao sair do banheiro, enrolado em uma toalha branca macia, se deparou com Louis a espreita da janela, observando o dia lá fora. Harry o fitou, a silhueta contra o sol do meio-dia, e de repente, tudo que o ômega mais queria era ficar a sós com seu alfa. No meio do oceano, debatendo, conversando sobre assuntos aleatórios, fazendo amor de maneira fenomenal.
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Black Out Days ✧ l.s • ABO •
RomanceEm meio ao caos e a desordem em uma cidade devastada pelo confronto entre Alfas, Betas e Ômegas, tudo que restara além das ruínas e do sangue derramado, era a esperança em um coração jovem e ferido, cujo pertencia a um dos únicos Ômegas que haviam s...