Black Out Days ✧ l.s • ABO •

Capítulo extra

Capítulo extra com uma visão do Lou assim que o Harry entrou na sua vida. Com algumas cenas bônus também.

Foz com muito carinho esse capítulo. Espero que gostem. Curtam e comentem o quanto puderem que volto com mais um extra 😊

Música recomendada : Goo Goo Dolls - Iris

xxx

Louis Tomlinson Pov's

Meu coração batia tão forte dentro do peito que precisei me apoiar nas paredes do corredor para respirar melhor. Fechei meus olhos, buscando afastar a imagem daquele ômega ferido e indefeso que encontrei na floresta minutos atrás. Por que diabos essa maldita sensação esquisita queima em meu peito? Por que eu o sinto dessa forma?

— Louis... — a voz de Liam me despertou. Balancei a cabeça e ergui os olhos, encontrando meu amigo me encarando com uma expressão preocupada — Está tudo bem?

— Preciso que verifique o perímetro. — disse com a voz falha e a respiração ofegante — Creio ter visto algo pela floresta.

— Betas?

— E-eu não sei! Apenas verifique, okay?

— Okay!

Assim que Liam desceu as escadas depressa, segui até meu quarto e me joguei sobre a cama. Minha cabeça girava e todo o meu corpo parecia imerso as larvas de um vulcão. Minha visão se tornou embaçada e por alguns instantes pensei que fosse desmaiar.

O que está havendo comigo? Por que meu corpo está tão quente?

Levei uma das mãos ao peito e inspirei fundo, buscando controlar toas as sensações presentes em meu corpo. Nada daquilo nunca havia acontecido. Eu estava preocupado. Havia algo de errado comigo? Em meio ao caos que eu me encontrava naquele momento, acabei adormecendo.

Acordei algum tempo depois por um dos meus amigos que parecia alarmado ao me cutucar.

— Liam está chamando por você. — disse Niall — É importante.

Caminhei pelo corredor e parei no topo da escadaria, observando  o pequeno ser amedrontado no centro da sala. Engoli seco, com receio de saber do que se tratava tudo aquilo, mas apenas me mantive firme.

— O que querem comigo? — indaguei seriamente, alternando o olhar entre cada rosto ali presente — Podem me dizer o que está acontecendo aqui? — desci as escadas devagar, mantendo minha pose intimidadora e o olhar desconfiado. Pisquei meus olhos lentamente ao me aproximar do pobre garoto indefeso encolhido no chão. Abri um pequeno sorriso de lado e me abaixei para observar a amedrontada criatura.

— Encontramos esse ômega na floresta. — Zayn explicou, soando firme — Pensamos que...

— Seria uma boa ideia trazê-lo para nossa casa? — deduzi, ainda sorrindo divertido — Por que pensaram que isso seria uma boa ideia?

Quando o ômega finalmente ergueu os olhos, ofeguei tão rapidamente que quase me engasguei. Foi como se eu estivesse olhando para dentro de um poço escuro e fundo em um dia chuvoso e cinza. 

Era ele. Eu jamais me esqueceria daquele par de olhos verdes amedrontados. Notei a forma que ele me analisava. Apesar do pânico, a curiosidade brilhava em suas íris. Ele me observou com atenção, como se houvesse algo além. Notei tristeza nos belos olhos e logo me vi pensando. Inspirei fundo seu cheiro, me surpreendendo pelo aroma que emanava do seu corpo trêmulo.

— Ele está fraco e ferido. — Zayn voltou a se pronunciar e eu o olhei no mesmo instante — Iria morrer sozinho na floresta.

— E isso seria problema meu? — levantei-me, contraindo as sobrancelhas. Cruzei os braços na altura do peito outra vez — Vocês trouxeram um ômega ferido para nossa casa e agora ele será problema de vocês. — Respirei fundo e me inclinei novamente, segurando o ômega pela mandíbula, enquanto avaliava suas feições. Ele era lindo e cheirava muito bem, mas eu não podia me deixar levar por aquilo — Qual seu nome, ômega? — perguntei, penetrando meu olhar na imensidão assustada dos seus olhos — O que foi? O gato comeu sua língua? — soltei seu rosto com força, arrancando-lhe um gemido dolorido — Não tenho tempo para bancar o bonzinho com você. Então apenas abra a porra da boca e responda o que perguntei.