Black Out Days ✧ l.s • ABO •

Liberdade

Capítulo pequeno, mas importante.
Espero que estejam curtindo. Beijos e até breve!!

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Louis passou o braço pela cintura fina de Harry, unindo seu corpos ainda mais. O fôlego estava prestes a faltar em seus pulmões, mas em nenhum momento eles pensaram em se afastar.

Harry segurava firme o rosto do alfa com suas mãos, como se aquilo pudesse o mantê-lo junto de si para sempre. Um baixo gemido escapou de seus lábios ao que Louis agarrou-lhe com firmeza e o puxou para si.

— Harry... — Louis sibilou baixinho, contra os lábios cheio do ômega — A chuva está ficando mais forte. — Harry abriu os olhos, encontrando Tomlinson ainda com as pálpebras fechadas, completamente encharcado — Vamos entrar.

— Certo. — ao ouvir a voz do ômega soar baixa e rouca, o alfa abriu os olhos, contemplando à imagem de Harry completamente molhado, com os olhos febris, as bochechas e os lábios corados.

— Porra... — Tomlinson engoliu seco, balançou a cabeça e agarrou o pulso do ômega, levando-o consigo para dentro da cabana.

Harry engoliu seco, observando Louis fechar a porta e em seguida se virar na sua direção. Ele não sabia como o alfa iria reagir e isso o assustava.

— Louis...

Tomlinson não disse nada, apenas deu passos largos na direção do ômega, segurou seu rosto entre suas mãos e o beijou outra vez.

Harry sorriu contra a boca do alfa, envolvendo os braços em torno do seu pescoço para aprofundar o beijo. Louis afundou os dedos na cintura marcada do ômega e o empurrou com certa força contra o sofá, se arrependendo no mesmo instante.

— Me desculpa. — pediu, aproximando-se depressa de Harry — Machuquei você?

— Não, está tudo bem. — o ômega sorriu docemente, o puxando para outro beijo — Continue me beijando.

Louis sorriu, atacando os lábios do ômega mais uma vez. Harry abriu as pernas e o alfa se posicionou entre elas, agarrando uma de suas coxas fartas.

Seus beijos deixaram-no tonto.
Harry nunca havia sido beijado daquela forma.

O ômega queria ficar lá para sempre, banqueteando-se com a sua boca, sua língua. Mas quando Louis deitou o corpo firme ao longo do seu, ele passou a querer outras coisas, coisas mais urgentes.

Harry envolveu suas coxas em torno dos quadris do alfa, sentindo sua ereção roçar contra a sua, arrancando gemidos de ambos.

O cheiro da lubrificação natural do ômega, estava enlouquecendo o alfa, deixando-o completamente fora de si.

— Harry... — Tomlinson afastou os lábios dos de Harry, sendo unidos apenas por um fio de saliva — Precisamos parar.

— Por que? — o ômega pressionou as coxas, sentindo à rigidez do alfa contra a sua. Os olhos azuis estavam completamente escuros, sendo tomados pela excitação.

— Faz muito tempo que não faço isso com um ômega e... Meus instintos acabam ficando mais fortes. — explicou, afastando as pernas do ômega de si — Posso não conseguir me controlar e acabar machucando você.

— Mas...

— Preciso trabalhar nisso antes de tentar algo com você. — Louis se afastou, sentando-se no lugar vago no sofá. Ele fechou os olhos e respirou fundo, apoiando a cabeça no encosto do sofá — Até porque só posso te morder durante o ato.

— Não vai aprender a se controlar se não tentar de verdade. — subitamente, Harry se ajustou sobre o colo do mais velho, posicionando uma perna de cada lado do seu quadril. Eles se beijaram outra vez, sentados, frente a frente. Uma mão do alfa entrelaçada nos cabelos do ômega e a outra, sentindo-lhe a pele descoberta de sua coxa.

— Por favor... — Louis jogou a cabeça para trás e suspirou pesadamente, como se estivesse sofrendo — Estou com a cabeça quente agora e não vou conseguir pensar direito com você em cima de mim desse jeito.

— Okay! — Harry encolheu os ombros e baixou os olhos, sentindo-se levemente envergonhado — É que faz um bom tempo que não... Tenho momentos como esse.

— Momentos como esse? Tipo...

— Ninguém havia me beijado dessa forma. — o ômega toca seus lábios com as pontas dos seus dedos — É diferente.

— Diferente bom?

— Muito bom. — Harry ergue seus olhos e ambos riem, olhando um para o outro — Seus beijos são puros. Não são como os outros. Você me beija como se eu fosse importante. Como se nada mais importasse.

— Harry...

— Tudo bem, alfa. Posso estar enganado em relação a isso, mas apenas não diga a verdade agora, tudo bem? Eu quero acreditar nisso.

— Acho melhor você ir tomar um banho. — disse Louis, se apressando a acrescentar algo quando ele viu a intensidade da insegurança queimando nos olhos verdes — Pode pegar um resfriado.

— Certo... — Harry inclinou-se, ponderando se deveria beijar aqueles lábios macios outra vez, mas acabou desistindo. Apenas assentiu e saiu do colo do mais velho — De qualquer forma, foi bom ter um momento com você, alfa. Tudo bem não se sentir da mesma forma.

Louis não disse nada, enquanto observava Harry lhe dar as costas e caminhar em direção ao quarto. O alfa apoiou os cotovelos sobre os joelhos e afundou seu rosto entre as mãos, suspirando pesadamente em seguida.

— Droga, ômega.

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Olhando para Harry agora, regando algumas flores no jardim feito por Louis, ninguém pensaria que o pobre ômega não havia dormido muito bem a noite. Sua expressão era serena e ele cantarolava baixinho uma das suas canções favoritas.

A insônia, se dava ao fato de não conseguir tirar da cabeça, a ideia de poder finalmente se livrar da marca que Daniel lhe havia feito. O problema é que ele não tinha mais tanta certeza se o alfa o morderia, visto que o mais velho não comentou nada desde o que aconteceu entre eles.

— Ômega! — a voz de Louis soou grave logo atrás do corpo de Harry que estremeceu de susto. Estava tão distraído que nem ao menos sentiu o aroma do alfa — Não comeu as panquecas que preparei.

— Ahn... Não estava com fome. — o ômega encolheu os ombros, mantendo os olhos fixos nas flores vermelhas.

— Precisa se alimentar. — sua voz soou séria — Eu disse que precisava estar forte. Como vou te dar uma outra marca se não está seguindo as orientações que lhe dei?

Harry congelou no lugar. Engoliu seco e deixou o regador no chão, virando-se na direção do alfa que lhe encarava com uma expressão irritada.

— Pensei que tivesse mudado de ideia.

— O quê?

— Está estranho desde que nos beijamos. — disse de uma vez, suspirando em seguida — Me olhou daquele jeito. Com medo e... Culpa. E fugiu mais uma vez.

— Eu só não quero que as coisas fiquem bagunçadas entre nós, entende? Não iremos nos pertencer. Você não será o meu ômega e eu não serei o seu alfa. — Louis disse baixinho, escolhendo as palavras certas para explicar ao ômega — Eu sou uma bagunça, Harry. Um fodido que está sempre destruindo tudo que toca. E meu maior medo e fazer isso com você.

— Não estou entendendo, alfa.

— Irei marcá-lo sim, mas você será livre. — Louis aproximou-se do ômega, tocando-lhe o rosto com delicadeza, enquanto analisava os olhos verdes apreensivos — Não precisará ficar preso ao alfa que lhe marcar. Você ficará livre de Daniel e não correrá tanto perigo.

— O que quer dizer?

— Quero dizer que a partir do momento que eu lhe marcar, você ficará mais seguro longe de mim. — Louis engoliu a dor que sentira ao dizer tais palavras — Você poderá ir embora. Ser livre, como sempre sonhou.