A lanchonete

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Oie...

Sei que é chato ficar repetindo isso, mas não se esqueçam de votar e comentar o quanto puderem. Amo vocês!!!!

xxxx



Harry se sentia cansado.

Após andar por cerca de quarenta minutos pela floresta, já não conseguia mais ignorar a dor em seus pés e a fraqueza em seus joelhos.
Ele embrenhava-se na escura trilha que seguia floresta adentro, mas tropeçou num tronco e caiu no mato alto, gemendo de dor devido ao impacto.

O ômega lutou para se levantar, apoiou as mãos em uma árvore e ergueu os olhos, avistando ao longe um feixe de luz que acendeu uma chama de esperança dentro de si.

Forçou seus pés a caminharem na direção da luz, com certa dificuldade devido a um hematoma em seu joelho esquerdo. Após mais alguns minutos de caminhada, parou de abrupto ao captar barulhos de carros próximos.

Uma dor fria invadiu o peito de Harry. A noite subitamente se tornou ainda mais escura, vazia e sinistra. Os ruídos dos automóveis pareciam próximos. Havia uma música soando, ao longe. E apesar de se sentir esperançoso, Harry se sentiu pequeno, vulnerável e abandonado. Por um instante, cogitou a ideia de voltar a floresta.

Ele tinha medo do que iria encontrar. Medo das pessoas o machucarem. Harry temia pelo o que encontraria do outro lado da floresta.

Porém algo clareou em sua mente. O cheiro de marshmallows se tornou ainda mais intenso, preenchendo seus pulmões, aquecendo seu peito. O ômega sentiu uma repentina descarga de esperança. Esqueceu-se da dor, enxugou sua lágrimas e seguiu em frente.

Apressou seus passos, sentindo-se subitamente nervoso. Seus pés pisavam com suavidade sobre as folhas secas, produzindo o mínimo de ruído possível.
Os olhos verdes brilharam ao vislumbrar uma rodovia. Harry continuou a andar, olhou para os lados e atravessou o asfalto, seguindo até uma lanchonete que ficava na beira da estrada.

Ao se aproximar, avistou algumas pessoas saindo do estabelecimento. Pareciam extremamente bêbadas e fora de si. Usavam roupas vulgares e bastante chamativas. Ergueu os olhos para a placa acima, lendo o letreiro luminoso. Parker's Burgers.

Cansado e com fome, Harry empurrou a porta pesada de madeira, que se abriu com um rangido alto das dobradiças enferrujadas. Acabara se assustando com o barulho do sino que anunciava sua presença. Encolheu os ombros, ao receber o olhar de um homem sentado em frente ao balcão. Ele usava botas, calça jeans e uma camiseta xadrez. Em sua cabeça havia um chapéu de cor caramelo. Aparentava ter pouco mais de quarenta anos. A barba ruiva cobria boa parte do seu rosto e os olhos verdes, se fixaram nas coxas de Harry.

O ômega se sentiu amedrontado. Nem ao menos a música (Write This Down) que tocava no local era capaz de acalmá-lo. Ele inspirou fundo o aroma ao seu redor. Alfas, foi o que concluiu. Havia um cheiro diferente. Talvez de um não-híbrido, ele não sabia ao certo.

Um homem baixinho e calvo, com um avental engordurado estava próximo ao balcão, enchendo algumas xícaras de café.

— Com licença... — Harry sibilou baixinho e o homem ergueu os olhos.

— Faça o pedido com a Vania.

— Não, eu... Preciso de ajuda.

O homem examinou o ômega. A simplicidade daquelas palavras, o modo como ele as disse, fez com que ele deixasse de lado a garrafa térmica e limpasse as mãos no avental.

— Está perdido? — Harry assentiu imediatamente — Quer usar o telefone?

— Acabei me perdendo do meu alfa. — explicou, olhando em volta ao sentir o olhar do homem ao seu lado sobre si — Ele me encontrará, mas não posso ficar lá fora.

Black Out Days  ✧ l.s • ABO •Onde histórias criam vida. Descubra agora