Capítulo 3

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Ryder Jenkins

Uma vez. Apenas uma vez.

Escolha as suas batalhas com sabedoria, filhota.

Estou escolhendo. Aquelas garotas falaram mal do meu pai, falaram que ele era alguém como e tão corrupto quanto qualquer outro corredor. O meu pai não virou uma fraude, não sou uma fraude. Ele não criou uma fraude. Eu sou a porra de uma corredora. Jurei para mim mesmo que jamais me envolveria numa corrida por motivos fúteis ou faria isso por diversão, meu pai não é um motivo fútil. Disse para mim mesma que não me vingaria pela a morte do meu pai, porque ele acreditava que as coisas aconteciam por um propósito e acreditavam que a vingança é o ciclo vicioso, mas elas falaram mal dele e isso é motivo o suficiente para entrar numa corrida para mim. Uma das regras do meu pai era família acima de tudo. A Layla é como uma irmã para mim, desde que nos conhecemos fazemos tudo juntas, aprendemos a andar de moto juntas, aprendemos a competir juntas, mas nunca entramos numa competição de verdade por motivos óbvios.

Estaciono a moto na frente da casa da minha avó e corro para a porta. O meu pai deixava a coleção de carros dele aqui, ele deixava tudo relacionado a corridas aqui, porque ele sabia que ninguém viria até à casa da mãe dele à procura de carros que eram dele. Houve uma vez que apareceram uns caras lá em casa e eles queriam saber onde estava o caderno de corridas do meu pai, ele apontava tudo sobre corridas que ele sabia lá. Lembro que o meu pai espancou eles e depois os jogou no meio da rua para aprenderem a não mexerem com a família dele. Bato na porta e em menos que nada a minha avó abre a porta.

— Licença vô. Vim buscar a Ferrari F50 do papai. Você tem as chaves certo?— pergunto. Esse é o meu carro favorito. Ele foi lançado em 1995 e com certeza é o melhor carro para correr contra aquelas vadias. Vou faze-las comer o meu fumo.

Elas provavelmente vão usar o mustang com o qual chegaram. É um carro bom, mas não é um carro não suficiente para vencer o meu. A minha avó me olha confusa. É óbvio que ela não sabe qual é o carro. Suspiro.

— É o vermelho que a senhora gosta — digo

— Aaaaaahhh aqui — diz me entregando as chaves. Pego — Você vai correr?

— Vai, Senhora Jenkins!— exclama a Layla empolgada. Ninguém nunca foi meu copiloto, nem ela, nem o Marcos, ninguém além do meu pai. Ela está tão entusiasmada que esqueceu a raiva que ela sente — Ela vai!!

— UUHHHHH AMÉM!!— grita a minha avó empolgada.

— Vai ser só essa vez. Não vai acontecer de novo — digo

— O seu pai costuma dizer isso, sabia? E olha ele ainda com um recorde imbatível — diz a minha avó. Começo a me dirigir até à garagem e ela me segue juntamente com a Layla.

— Achei que a senhora destestasse que ele corresse — digo digitando o código da porta. Ela se abre mostrando a coleção inteira do meu pai. Ouço o gritinho abafado da Layla.

— Meu marido queria ser corredor, mas ele desistiu desse sonho porque era perigoso demais e não acreditava o bastante em si mesmo. O Trevor nunca conseguiu sair da cidade para correr em corridas de verdade, sem serem criminosas, mas não tinha dinheiro para levar ele. Então ele começou a correr na cidade mesmo e agora é muito conhecido pelo os seus feitos — diz a minha avó. Caminho até ao meu carro e paro na frente dele.

— Que história emociante — diz a Layla — Não sabia que o seu avô também corria, Ryder.

Olha para o carro com um aperto no coração. O meu pai amava esse carro, ele dizia que um dia seria meu e que eu iria ser conhecida como o prodígio da segunda geração assim que pisasse perto da liga, por isso é que nunca me aproximei deles. Por isso pedi para minha mãe me colocar no Santo Hugo, por isso conduzo do outro lado da cidade, mas parece que os corredores da liga estão começando a se espalhar por toda a cidade. Aquela é a minha zona. É onde as corrida de moto acontecem. Não ganhamos nada com eles, não fazemos por ganância e temo regras diferente da liga. Se um corredor ferir outro antes ou depois da corrida terá que pagar uma penalização. Se a polícia não faz nada, nós fazemos. Só corre se cumprir as regras e como não somos muito conhecidas ou ricos, se matarmos alguém seremos presos e não libertetos e sem culpa nenhuma.

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