Ryder Jenkins
A Devi dá partida e acelero. Acelero o bastante para a curva. A Brenna fica para trás logo na reta de começo. Não se importe com os outros. Foco-me na frente e deixo a adrenalina tomar o meu sangue. Isso é por você, papai. Ao chegar à curva, deixo o volante rodar e assim que o pego me aproximo da calçada e faço a curva o mais rápido que consigo. Acelero em mais uma reta. Tenho que estar na liderança na primeira e na terceira volta, essa são as voltas mais importantes. São as voltas que definem a corrida. Deixo o ar entrar nos meus pulmões. Ouço o grito de alegria da Layla e então a vejo olhar para trás.
— Elas estão perto. Precisamos fazer algo — diz. Olho para o retrovisor e vejo que estão atrás de mim. Sei que vão sair de trás na curva. Um adversário do meu pai fez isso uma vez, tenho que reagir. A curva é daqui a pouco, se eu não tirar elas da minha cola, eu vou perder.
Inspiro e suspiro. O que o Papai faria? Agarro o volante e começo aos ziguezagues pela rua, elas continuam retas, mas pelo menos não sabem onde virar. Sorrio e faço a curva em cima da calçada. Eu vou ter que arriscar. Elas são da liga, conhecem os truques que eu conheço, mas não posso fazer isso. Seria como declarar derrota. É raro ganhar se perdermos a primeira volta.
— Ryder — chama a Layla.
O que você faria, Ryder? Qual conselho me daria se fosse minha copiloto?
Arrisca. Travo o carro e elas passam disparadas por mim. Fico parada por uns minutos, mas a Layla não protesta nem por um segundo. Olho no relógio e vejo que são 21:21. Sorrio e acelero com toda a força. Não chego nem perto delas. Ainda estou no começo da rua e elas já estão já linha de chegada. Aperto o volante. Chegou a hora da diversão. Abro um sorriso e acelero mais e mais. Elas passam na linha de chegada e os garotos da liga gritam orgulhosos. Passamos na linha de chegada um tempo depois. Se eu estiver certa, passarei na frente nessa volta. Faço a curva e vejo que estão perto de fazer a curva. Desleixadas.
A primeira e a última volta são sempre as mais importantes por isso ninguém dá atenção para a segunda volta, se eu passar elas nessa volta, tudo estará como eu preciso que esteja. Elas não vão conseguir passar de mim na terceira volta por que vão estar atrás o suficiente.
— Espero que você tenha um plano porque acabamos de perder a volta mais importantes — diz a Layla
— Você confia em mim?— pergunto
— É claro!
— Então acho melhor colocar o cinto.
Ela sorri. E estamos prestes a fazer a curva para a ir direito à linha de chegada, elas não estão na maior velocidade, mas estão numa razoável. Acelero e acelero. Tecnicamente é suicídio acelerar na curva, porque o carro vai girar e girar e girar, mas acelero e acelero ainda mais. A Layla coloca o cinto e segura. As garotas vão fazer a curva, mas faço primeiro. O carro começa a girar e a girar, elas travam assustadas e o carro continua girando, quando sinto que ele está prestes a parar. Tomo o comando e acelero. Passo a linha de chegada e reparo que elas ainda estão recuperando o fôlego. Xeque-mate. Diverta-se. A risada da Layla ecoa por todo o carro. Faço a curva e começo a rir com ela.
— Sua maluca do caralho!— grita rindo. Ela coloca a mão no coração e suspira — Você podia ter nos matado.
— Perguntei se confiava em mim. — digo sorrindo — Eu fazia isso com o que pai. A minha mãe quase matava ele. É arriscado, mas precisava me divertir, é a minha primeira corrida desde que parei.
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Corrida Ilegal
RomansaUm corredor ilegal que acabou de sair de um reformatório e está de volta às pistas. Damon Russel, um homem conhecido pelo seu sangue frio e inclusivamente por sua família, que domina as rachas do Texas. Uma garota, Ryder Jenkins, filha de um...