Capítulo 30

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Damon Russell

Tom Russell?! TOM RUSSELL?! Como assim a minha namorada tem algo haver com o meu tio PRESO!!! Eu vou matar a Ryder, vou matá-la por não ter me contado, vou matá-la por ter escondido de mim, eu vou matá-la quando eu a ver. Ela não passa de hoje, caralho! Ela falou que tinha os seus próprios planos, mas ser levada para Cruz Vermelha?! É suicídio. Uma semana lá vai fazer a Ryder perder a cabeça, e nenhum dos sentidos é bom! Caralho, nenhuma mulher foi para Cruz vermelha! As pessoas têm piedade. Puta que pariu. Por isso ela não queria que eu fosse para Cruz vermelha. Ótimo. Perfeito. Maravilhoso.

Passaram meia hora desde que a Ryder foi levada por "tentativa de homicídio". O meu pai está falando com o Tom enquanto a minha mãe tenta falar com a polícia dizendo que deve ter havido um engano. Não me aguento e pego o telefone na mão do meu pai. Estamos apenas nós os três, no escritório dele. Assim que pego o telefone, a minha mãe para de conversar e olha para mim. Porra, é a Ryder. É a minha Ryder. O que esse prisioneiro do caralho fez para a minha garota ser presa, na Cruz vermelha?! Coloco o telefone no ouvido.

— Seu filho da puta, caralho. Responde logo essa merda porque você fez isso com a Ryder?! — exclamo irritado

— Ela me devia um favor, Damon — diz parando de rir — Além disso, nós os dois somos amigos. Ela também está indo para te proteger, seu ingrato.

— Eu nunca te pedi nada! — exclamo

— Mas ela pediu. Ela veio aqui faz um tempo pedir informações sobre o Hazel e a família Russell. Não sou informações da minha família sem ter algo em troca. — conta — Fiquei surpreso por ela não saber da verdade.

— Que verdade?

— A do Edgar, moleque.

— Que?!

— Você não sabe?!

— Não sei o que?

— O tempo acabou, Damon. Bye bye. Não precisa salvar a sua princesa, ela é um Jenkins. — o meu tio desliga a merda do telefone. Coloco o telefone na mesa e saio disparado do escritório.

Nada mais importa agora. Entro no meu quarto, pego os documentos, o caderno e o envelope que temos e guardo tudo num esconderijo mais seguro do que debaixo das cobertas. Pego a chave do meu carro e desço rapidamente para ir na Cruz vermelha atrás da Ryder. Entro no carro, mas antes que eu pudesse conduzir, o Dylan entra no meu carro e fecha a porta. Não falo nada. Não tenho tempo para isso. Eu tenho que chegar na Ryder antes que ela chegue no reformatório.

Começo a conduzir sem falar uma única palavra. A Ryder não pode entrar em Cruz Vermelha. Ta legal... aquele lugar foi bom para mim, ele me ajudou a crescer a me tornar mais forte, mas isso não se aplica a Ryder. Eles te espancam na noite em que você chega lá, você não pode revidar, caso contrário, eles aparecem lá na outra noite para fazer a mesma coisa e se você revidar de novo, eles voltam na próxima noite. Eles fazem isso até você entender. A comida é horrível, na primeira semana, eles colocam das coisas mais nojentas na sua comida e te obrigam a comer. Os policiais são uns cuzões. Eles te levam para uma sala, qualquer dia na sua primeira semanas e te falam das coisas mais horrendas possíveis. A primeira semana é um inferno. Você passa as noites chorando e rezando pra um Deus, qualquer um deles, te tirar dali.

Na segunda semana, é a hora de definirem o seu carácter. As gangues se reúnem e decidem qual vai ser um teste de cada uma delas, para ver qual você deve entrar. Um prisioneiro sem uma gangue, é um defunto apenas esperando o seu caixão. Eles podem fazer de tudo, os policiais não te impedem, desde te colocar para lutar contra o chefão ou te estrupar, o que claramente vão tentar fazer com a Ryder! Puta merda! Eu mato cada um desses vermes que encostar um dedo nela.

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