Damon Russell
Levei a Ryder para a escola hoje, ela fez questão de descer duas quadras atrás para não ser vista como mais alguma garota que comi. Aconselhei ela a não ir para a escola hoje, mas essa garota é a mais teimosa que eu alguma vez já vi.
Parece que ela faz questão de ser um constante problema. Saio da sala e me dirijo para fora da escola, vejo o carro do Eduardw estacionado do lado de fora. Ele está encostado no capô com os braços cruzados apenas esperando por sua vítima. Não sei mais dizer se sou eu ou se é a Ryder, ela parece que virou a caça para todos os caçadores. Ignoro-o e sigo até o meu carro, mas ouço o seu assobio. Quando era pequeno, aquele barulho fazia com que os meus ossos tremessem, mas hoje em dia, é apenas um sinal que ele está se aproximando. Deixei de ter medo do Eduardw, deixei de ter medo de todos eles. Nenhum deles consegue me derrotar agora, eles não sabem disso então é divertido vê-los acharem que ainda têm controle sobre mim. As coisas mudaram, porém eles ainda não reparam.Paro e viro-me para olhar para o Eduardw. Ele sorri e caminha até mim. Coloca a mão sobre o capô, ouço o barulho de carro na rua e reparo que eles se colocaram em fila com um corredor para a passagem dos corredores. Estamos no fim da fila, os corredores saem do seu carro e se colocam na frente deles, em posição. Vejo o Nico com um tapa olho, pelo o menos agora, ele e o Miguel combinam em alguma coisa. Os dois ficaram sem um olho por causa de um Jenkins, isso é uma boa história para se contar para os novos corredores.
As pessoas da escola se afastam rapidamente para não se colocarem em confusão. Os alunos pegam nos seus carros e saem do estacionamento, deixando o estacionamento vazio para o Eduardw poder fazer o que quiser. Vejo que o Eduardw procura por algo no estacionamento, mas não encontro. Então coloca seus olhos sobre mim. Cruzo os braços e me encosto no capô do meu carro, esperando ouvir as reclamações que o Eduardw tem para fazer.
— Santo Marcos está cada vez mais acabado. Porque quis vir para cá?— pergunta
— Porque queria ver como era — respondo
— Sério? Esse não é o nosso lado da cidade, pequeno Damon — diz o Eduardw. Eles sempre me chamam assim e nunca vão parar. Isso me irrita. Qual é a dificuldade de me chamar de Damon? É o meu nome!.
Damon...
A voz da Ryder ecoa na minha cabeça como se fosse feitiço, é a primeira vez que alguém me chama pelo o meu nome. Sem o "pequeno" na frente. Eu sei que sou pequeno, eu sei que sou inferior a todos eles, mas podiam não falar isso na minha cara. A Ryder é diferente. Ela me chamou pelo o nome... . É como se eu e ela fossemos iguais, amigos. Como se ela confiasse em mim, como se ela acredita-se em mim.
O meu peito se enche de uma satisfação quando a lembrança ocupa a minha mente. Ela foi a primeira. Ela foi a primeira que me fez acreditar em mim mesmo. Como eu pude esquecer disso, caralho? Porque eu me esqueci?! O meu sangue começa a ferver. Quem me fez esquecer? Eu não posso ter esquecido disso tudo sozinho. Não é possível. O que aconteceu?! O toque do Eduardw me faz voltar para a realidade e vejo os seus olhos cobertos com receoso e ele está um pouco longe agora.
— O que você quer, Eduardw? Veio aqui para me encher o saco?! — pergunto irritado
— Abaixa o seu tom — ordena
— O que é?— controlo-me. Ele não pode saber que consigo vence-lo. O reformatório me ensinou que é mais fácil pegar o seu inimigo quando ele está desprevenido. Irei derrotar o Eduardw quando estiver no tempo certo, não me importo de esperar.
— Veio para cá por causa dela?— pergunta
— Não — respondo. O Eduardw estala os dedos e então um dos corredores vem e me dá um soco no rosto. Não retribuo. É mais fácil derrota-lo se ele achar que sou fraco. O corredor volta para a sua posição e então o Eduardw afasta-se mais de mim.
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Corrida Ilegal
DragosteUm corredor ilegal que acabou de sair de um reformatório e está de volta às pistas. Damon Russel, um homem conhecido pelo seu sangue frio e inclusivamente por sua família, que domina as rachas do Texas. Uma garota, Ryder Jenkins, filha de um...