Capítulo 10

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Ryder Jenkins

Eu voltar para a pista e vou voltar com Damon Russell. Uma parte de mim está tão empolgada que nem consegui dormir hoje, mas outra parte sente que estou quebrando todos os meus princípios. Tive um dia inteiro para pensar o que fazer. Quando o Damon me deixou duas quadras antes da escola, foi quando percebi que a minha havia mudando. As coisas não são mais como era antes, eu tive que adaptar à morte do meu pai, à chegada do Bradd e ao declínio da minha mãe. Eu dizia para mim mesma que odiava corridas por causa do meu pai e uma parte certamente era verdade, mas a outra era apenas medo. Medo de ser assassinada, medo de decepcionar o meu pai, mas quando o Damon disse que o seu sonho era criar uma segunda geração, foi como tudo o que eu acreditasse caísse. Quer dizer, eu acreditava que o meu pai não iria me querer no ambiente tão perigoso e sujo como as corridas, mas ele queria. Eu acreditava que ele não iria querer que eu me vingar-se da sua morte, mas ele queria. Ele abriu caminhos para que eu pudesse andar e eu estava parada achando que era o que ele queria.

Ainda estou com medo, a diferença é que agora estou determinada a subir ao topo e apenas lá que posso fazer a diferença tal e qual o meu pai fazia.
Hoje é sexta e sinceramente não quero ir para a escola, os últimos dias foram mais cansativos do que eu planajei. Em um semana, voltei para as rachas, fui sequestrada, me furaram, furei um olho de um cara, descobri que esqueci de muita coisa do meu passado, enfrentei os irmãos Russell e me tornei copiloto de Damon Russell. Foi uma das semanas mais agitadas da minha vida. Hoje, eu gostaria de me esconder debaixo das cobertas, ver uns filmes e dormir. Seria um sonho, mas não posso fazer isso.

Desde que a minha mãe encontrou o Damon no nosso sótão, ela está de olho em mim e o Bradd, começou a ser mais filha da puta porque não dormir em casa anteontem, não respondi as suas trezentas ligações e só voltei para casa tarde. Amarro as minhas botas, pego na mochila e saio do quarto. Assim que desço as escadas, vejo o Bradd como os braços cruzados na frente da porta. Ele me colocou de castigo. Disse que eu não podia mais usar a moto e escondeu a porra das chaves. Também fui burra demais para deixar as chaves num sitio que ele poderia pegar.

— De quem é o carro ali na frente?— pergunta com uma voz firme. Sem a minha moto, tive que pegar um carro do meu pai, mas agora eu durmo com as chaves, tomo banho com as chaves, e se ele usar encostar naquele carro, eu jogo todas as drogas dele no fogo. Sou bem capaz disso e ele sabe.

— Bom dia para você também, Bradd — digo

— Pai — corrije-me

— Bradd. — afirmo — É meu e agora me dá licença? Tenho que ir para a escola.

— Quero você em casa às sete — diz

— Não posso. Tenho treino. E você não manda em mim, Bradd — digo parando na frente dele. — Além disso, hoje eu vou dormir na minha avó.

— E quem te deu permissão?— pergunta

— Não preciso da sua permissão. Tenho 17 anos, sei muito bem o que posso ou não fazer.

— Enquanto você tiver na minha casa terá que obedecer as minhas ordens!

— A casa não é sua e se você continuar me dando essas ideias, saio dessa casa em dois dias.

— Ei, Ryder! — grita a minha mãe — Fale direito com o Bradd

— Não. — recuso-me. O Bradd sai de frente da porta para beijar a minha mãe, aproveita a oportunidade e saio de casa o mais rápido que consigo. Sinceramente, estou repensando em me mudar para a casa da minha avó. Não queria deixar a minha sozinha com esse filho da puta, mas não vou me submeter às ordens dele porque a minha mãe é viciada em sofrer.

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