Capítulo 20

1.3K 94 25
                                    

Ryder Jenkins

Meu coração ainda está a mil. Vejo o Bradd estacionar do nosso lado, eu não estava em ganhar, estava preocupada em deixar o Damon vivo. Fiz tudo o que eu podia. Eu fiz um coquetel molotov com as minhas roupas! Ainda estou pasma com isso. Agora estou apenas de calcinha e sutiã na frente do Damon, correção, no colo dele. Ele não me parece muito preocupado isso. Ele está com os olhos fechados e relaxado no banco, mas suas mãos ainda continuam nas minhas coxas. Acho que ele ainda não se tocou, mas também não vou dizer. Hoje, foi uma corrida tensa. Houve uma hora que eu estava prestes a desistir e tirar o Damon dali. Não sinto os dedos até agora. O Bradd vai me matar quando eu chegar em casa. Pior que eu não tenho para onde ir. Não posso dormir no Damon de novo, principalmente pelos os irmãos dele, a Layla está com as primas na casa dela, a Devi vai sair com o ficante dela e vai passar o dia fora e a Kiara... bem... Os pais dela me odeiam.

Estou realmente repensando em dormir no carro, não tem o menor problema. Amanhã tem escola. Durmo no carro, entro na escola, escovo os dentes, compro alguma na lanchonete e já está. O problema são os meus livros para amanhã. Uma hora ou outra, eu vou ter que voltar para a minha casa e o Bradd vai estar lá, pronto para me espancar. Eu odeio aquele homem. Como eu odeio aquele homem. A minha avó continua fora da cidade, eu posso entrar na casa dela, eu sei a senha, o problema é o meu primo que mora com ela. Destesto aquele garoto, ele é um babaca e se parece com o Bradd. Os pais dele saíram da cidade, mas ele continua aqui porque gosta mais dessa cidade. Não estou fugindo de uma versão do Bradd, para ficar com outra!

Ouço as pessoas gritando e pulando. Olho para a plateia e vejo uma multidão aplaudindo e gritando pela a ótima corrida. Fecho a janela para abafar o barulho, que não funciona muito por causa da incompetência do Damon de colocar outro vidro aprova de balas na outra janela. Suspiro. E relaxo em cima do corpo do Damon, eu acho estranho no início, mas estou muito cansada para relutar contra mim mesma. Vejo um dos homens pedindo para sairmos dos carros com gestos.

— Acho que temos que sair — digo sem olhar para ele.

— Tudo bem. Sai você primeiro — diz abrindo os olhos.

— Eu não vou sair assim. Vão achar que sou uma puta que transei com você durante a corrida!— exclamo saindo do seu colo e indo para o outro banco — Além disso, eu não quero que todos de San Marcos me vejam de calcinha e sutiã.

— É... você tem razão. — diz olhando para trás do banco. Assim que ele se vira, ele tira a camisa e me dá. — Toma. Ainda vão achar que nos comemos, mas pelo o menos, ninguém vai te ver de calcinha e sutiã.

— Obrigada, mas mesmo assim não vou sair. — digo vestindo a blusa do Damon. Fica larga em mim e até um pouco grande, mas se eu levantar os braços, as pessoas vão continuar vendo a minha bunda. Ele olha para mim e então olha para fora.

— Me passa o meu celular — diz. Abro o porta luvas e entrego o telefone dele. Ele digita algumas coisas e então o desliga. — A Rika vai vir te ajudar.

— Como? — pergunto. — Você tá ligado que ela é tipo uns dez centímetros mais baixa que eu, certo?

— Eu sei. Não é isso que eu quero. Também não quero que veja a minha copiloto como uma puta. Você salvou a minha vida hoje e merece todo o crédito. — sorrio. Olho para o lado e vejo a Rika caminhando até mim com outros dois seguranças.

Ela chega e abre a porta do carro. Estende uma mão. Hesito, olho para o Damon e ele confirma com a cabeça. Saio do carro segurando a mão da Rika. Logo após à minha saída, ouço três tiros de diferentes lugares.

Corrida Ilegal Onde histórias criam vida. Descubra agora