Capitulo 12

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Damon Russell

Ela venceu.

Ela venceu.

Ryder Jenkins venceu a porra da corrida! Caralho! Porra! Ela é maluca, é óbvio que algumas coisas essas acontecem nas rachas, mas ela tentou matar a Emy sem medo nenhum. Ela se colocou para fora do carro, ela quase morreu. Caralho. Eu tinha esquecido como correr era tão bom! Era disso que eu sentia falta no reformatório, eu sentia falta da adrenalina, da emoção e do sabor da vitória. A Ryder tira o seu corpo da janela e me senta no meu colo exausta. Ela descansa a sua cabeça no meu ombro, deixo o seu corpo sobre o meu. Desligo o carro. Estava receoso por motivos óbvios, treinei a Emy para ser a melhor copiloto da história, treinei ela para matar, treinei ela apenas para vencer. E quando fui para o reformatório e ela se tornou copiloto do Nick, as coisas com certeza pioraram  muito. Ele deve ter a transformado numa assassina. A Ryder não tem sangue nas suas mãos como os outros corredores além de que ela passou dois anos sem correr, na minha cabeça ela não estava pronta, mas ela está mais que pronta.

A Ryder começa a rir. O seu corpo todo treme com a sua alegria, solto um riso também. Ela afunda as mãos no cabelo e continua rindo.

— Deus. Eu tinha me esquecido como era bom correr — diz

— Então vai amar as rachas da liga — digo. Ela olha para mim e por um momento tudo acontece em câmara lenta. Seus olhos verdes vibrantes encaram os meus, seu sorriso radiante e contagiante. É como se nos seus olhos, eu pudesse voar e ser livre, livre de toda a pressão, livre do passado, como se ela fosse a cura ou uma maldita droga que me faz esquecer de tudo e ser completamente livre.

— Não vejo a hora de ser a sua copiloto, Russell. — diz sorrindo

— Está disposta a passar por isso tudo todos os dias?— pergunto

— Claro. Sem dúvida! — exclama. Assim que o seu corpo se desencosta do meu, lembro do que ela falou no meio da corrida. Mosquito irritante. O meu pai falava isso para mim quando eu era pequeno, ele dizia que eu deveria matar o mosquito irritante que está fazendo barulho no meu ouvido. Duvido que o Trevor tenha ensinando isso para ela. O Trevor era o único corredor que jogava limpo, sem armas, sem trapaça, sem mortes, ele conseguiu chegar ao topo sem matar alguém durante uma corrida. Já o meu pai é diferente, ele mata qualquer um que entre no seu caminho.

— Onde aprendeu a correr assim?— pergunto. A Ryder abre a porta e sai. Ela olha para mim enquanto amarra o cabelo no topo.

— Aprendi com o seu pai. Também fiquei supresa. Quer dizer, eu achava que nunca chegaria perto de um de vocês, mas então lembrei que o seu pai me ensinou a correr do jeito dele quando eu era pequena — explica

Agora tudo faz sentido. Como o Trevor deixou o meu pai ensinar a filha dele? Por algumas conversas que me lembro, ele deixava bem claro que não concordava com o jeito que o meu pai corria. Então porque a Ryder sabe correr como o meu pai? Isso com certeza tem haver com o sonho deles de formar uma segunda geração? O Trevor iria assim tão longe por causa do seu sonho? Achei que ele era um cara de princípios e regras. Saio do carro e vejo a Emy e a Brenna caminhando até nós. A Brenna deve estar traumatizada pelo o que sei, o Ivan nunca foi muito longe nas rachas da liga, então ela nunca deve ter passado por isso. Já a Emy, vejo a sua tranquilidade de longe.

— Eu, um dia, ainda vou ser sua copiloto para ser se eu aguento essa merda — diz a Brenna para a Ryder

— Primeiro, eu tenho que gostar de você. — diz a Ryder. A Brenna dá um sorriso de canto e cruza os braços sobre o peito.

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