Capítulo 18

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Ryder Jenkins

O Damon nunca mais me olhou na cara depois daquele dia. Hoje é o primeiro dia das competições da liga e ele vai correr sozinho, pelo o menos ele acha. Estive pensando e é verdade tudo o que ele falou. Deveria estar irritada por ser apenas um instrumento nas mãos do meu pai, mas não estou. Ele é o meu pai e sei que planeou algo maior para a minha vida. Ele tem razão, eu deveria ter apenas seguido a minha vida e tomado as minhas decisões por mim, mas não consigo. O meu pai faz parte de mim, faz parte de cada parte de mim, quando o mundo parecia desmoronar, o meu pai estava lá para me segurar. Então não, não posso ficar irritada com o meu pai e não posso evitar o desejo de realizar o seu sonho. Depois de dois anos, finalmente recebi um propósito da minha vida, passei duas anos preenchendo a minha agenda com competições, festas, aulas porque queria preencher o vazio que o meu pai deixou e o Damon me provou que não dá. Ele me provou isso com as frases que ele escreveu na parede. Não há paz enquanto eles existirem. — Solange es sie gibt, gibt es keinen Frieden. — o Damon não vive em paz porque eles cavaram um buraco no seu peito onde nada pode o preencher porque o que eles fizeram com ele é irrefutável. 

Não me importo se o meu pai apenas me usou como instrumento. Eu nasci para ama-lo, cada parte do meu ser ama o meu pai e nada do que ele faça vai me fazer parar de ama-lo. Talvez isso seja um erro, mas o Hazel tinha razão em uma coisa. Não existe bem ou mal, os mais fortes sempre vencem. Eles eram fracos por isso colocaram as suas expectativas em nós. Passei o dia inteiro pesquisando na biblioteca porque estou sem telefone, nisso eu descobri que o Hazel é o quinto filho de uma longa linhagem de Russell, seus dois dos irmãos morreram na segunda guerra,um fugiu da cidade faz dois anos e o um está na cadeia. Então fui visita-lo, fiquei feliz por ser filha de um corredor porque se fosse uma mera comum teríamos demorado mais tempo, mas me colocaram na frente de Tom Russell em menos de meia hora. Com Tom Russell descobri que Hazel era igualzinho ao Damon quando era pequeno, descobri que o seu pai não era nenhum pouco amoroso com os seus filhos principalmente com o Hazel porque ele era fraco e estúpido.

Damon é igual a Hazel, por isso nunca parou o sofrimento do Damon, porque foi assim que se tornou num homem "forte". Com isso tudo, fiquei devendo um favor a Tom e sinceramente estou com medo do que vem por aí, mas não importa agora, me preocupo com isso mais para a frente. No momento, a minha preocupação está no Damon. Passei a noite inteira tentando lutar contra a minha vontade de ajuda-la, mas não consegui. Ele tem razão, outra vez, eu sou uma puta mal comida que se preocupa demais e por isso eu estou aqui, na frente das inscrições para as rachas que começam daqui a vinte minutos. 

— Não vou conseguir colocar o meu nome a tempo — reclamo.

— Ah você vai!— exclama o Sanchez — Me perdoa, Ryder, mas isso é para o seu bem.

Ele me pega no colo e começa a afastar as pessoas da sua frente com a ajuda da Layla e da Devi.

— Saiam da frente. Ryder Jenkins passando. Olhem bem pata o rosto dela e Saiam da frente! — grita

— Nada de fotos ou autógrafos! — grita a Layla. Riu-me enquanto as pessoas abrem o caminho para mim até chegarmos no balcão onde está uma mulher sentada olhando para mim. O Sanchez me coloca no chão.

— Eu vim me inscrever — digo — Copiloto do Damon Russell.

Ela folheia os seus papéis. Olha para mim, olha para o papel enquanto mastiga o seu chiclete muito, muito, muito irritante.

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