Damon Russell
Chegamos em casa e eu levo a Ryder para o meu quarto, para ajuda-la a retirar o vidro do rosto. A Ryder anda de cabeça baixa para esconder as lágrimas que ocupam em seus olhos, mas tenho que dizer que ela é péssima a fazer tal coisa. Todos nós sabemos que ela está segurando o choro, porém nenhum de nós está disposto a dizer. Prefiro deixar que ela ache que ainda é forte, talvez assim ela aguente a noite inteira sem derramar uma única lágrima se quer. Entro e começo a procurar pelo o kit de socorros no banheiro. Ouço a Ryder fechar a porta. Acho-o e entao me dirijo até ela, que está sentada na cama.
O que o meu pai disse afetou todos do carro, até o Ivan percebeu o que ele queria dizer. O Trevor não sabia amar, ele não queria saber amar porque amar significava dar tudo de si para a pessoa, mas quando ele teve a Ryder, não foi preciso desconfiar da Ryder, não foi preciso dar tudo de si para ela porque ela era toda dele, não importa o que ele podia fazer, ela sempre o amaria. Ele a completava, ela era um ser puro, sem defeitos e um ser que estava sempre do seu lado. Ele não precisava fazer nada para que ela o amasse. Ele sabia que a Samatha o amava demais, ele sabia que ela daria tudo de si para ele, mas ela pararia de o amar se ele a magoar-se o suficiente por isso é que ele nunca contava nada para ela porque tinha medo dela deixar de ama-lo.
— Eu posso fazer sozinha — diz
— Você está tremendo. Não vai conseguir tirar o vidro assim — digo passando álcool na pinça. A Ryder não responde. Seguro o seu queixo e levanto o seu rosto. Tiro o vidro com todo o cuidado do mundo e então coloco um curativo em cima do machucado. Guardo tudo e passo um algodão molhado no seu rosto para retirar o sangue seco.
— O seu quarto não tem nada haver com você — diz. O seu hálito faz cócegas à minha orelha, sinto uma vibração correr por todo o meu corpo. Endireito-me e jogo o algodão fora.
— Estava à espera do que? Armas por todo lado? Pele das pessoas que matei pendurada na minha parede?— digo cheio de sarcasmo. A Ryder revira os olhos e então aponta para a minha estante de livros.
— Estava me referindo à estante cheia de livros de romance e clichês — diz
— Aprendi a aprecia-los no reformatório. Eles são ótimos para te tirar de uma realidade sufocante e miserável — digo
— E Devil's night? Eles te tiram dessa realidade? — pergunta com um sorriso curioso no rosto. O meu olhar cai na coleção de livros da Penelope Douglas. Gosto dos livros dela, têm história, são envolventes, se assemelham bastante à minha realidade e a putaria trona a saga uma das minhas favoritas.
— São romances, na mesma — digo. A Ryder levanta as sobrancelhas como se soubesse ao que me refiro. Estreito os olhos e examino a sua reação. — Você leu?
— Todos os seis — diz. Um sorriso aparece nos meus lábios
— Deixa adivinhar, a sua personagem favorita é a Banks.
— E a Emory, elas são perfeitas. A sua é o Damon, não é?
— Claro que é.
— Que egocêntrico. Ele é um sociopata.
— Duvido que você não goste dele.
— Eu gosto, mas ele é um sociopata obcecado por controle. Porém, eu também gosto do Kai, ele também é um dos meus favoritos.
— Tem que balancear, não é? — pergunto. — Você é assim tão fã?
— Eu tenho uma tatuagens deles. Eu amo eles e amo o universo da Penelope.
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Corrida Ilegal
RomanceUm corredor ilegal que acabou de sair de um reformatório e está de volta às pistas. Damon Russel, um homem conhecido pelo seu sangue frio e inclusivamente por sua família, que domina as rachas do Texas. Uma garota, Ryder Jenkins, filha de um...