Corrida Ilegal

Capítulo 24

Ryder Jenkins

Com o Damon aqui, a semana passou num instante. Os dias não pareciam mais tão demorados como antes, eles não eram tão tristes como antes e nem um pouco dolorosos. O Damon foi como uma nova chance. É claro que eu sinta dor, é claro que eles não param de tentar me "educar", mas quando eu achava que não tinha mais forças e estava na hora de desistir, ele entrou pela aquela porta. Ele apareceu e me segurou no momento que eu mais precisei, ele me deu forças para eu continuar em pé. Além disso, o Damon me contou histórias do reformatório, me contou sobre o velho Bill, me contou sobre o pequeno Jhon, me contou sobre cada criminoso que ele conheceu, me contou sobre os policiais, sobre a comida. Ele contava com orgulho, algumas coisas eram carregadas de dor, mas outras eram cheias de alegria e orgulho. Como se ele não quissesse esquecer o que passou lá dentro porque tinha memórias que deixaram a sua estadia cada vez melhor.

Sem falar, que os últimos dias com o Damon foram cheios de altos e baixos. Ou estava conversando sobre as nossas preferências, filmes, séries, livros, memórias, conversamos até sobre bebés. Eu nunca pensei escutar Damon Russell falando que gostaria de ter uma menina. Ele até já pensou num nome para ela, mas se recusou a me falar. Ou estava fodendo, em todos os lugares possíveis do quarto. Chuveiro, banheiro, cama, chão. Ele é um animal e eu sinceramente adoro. Ele satisfaz tudo e faz mais um pouco. Estou cheia de chupãos e marcas dele, tenho certeza que a minha bunda ainda está vermelha de tanto que ele gosta de bater nela. O Bradd chega hoje às onze da manhã e são nove horas, o Damon vai embora daqui a pouco para pegar o carro e pegar o Sanchez para virem me buscar. Não sei se morar com o Damon, é uma boa ideia, ainda mais por conta dos irmãos deles, mas qualquer coisa é melhor do que ficar sozinha aqui com o Bradd.

Olho para o lado e o mexendo no telefone, provavelmente conversando com o Sanchez ou a Layla. Os dois me ligaram os dias inteiros para saber como eu estava, o Damon estava prestes a desligar o telefone porque eles realmente não paravam de ligar. Me arrasto pelas as cobertas e abraço a cintura do Damon. Queria deixar as coisas não exclusivas porque ainda não tenho a certeza do que eu sinto pelo o Damon, e não quero que ele não se envolva com outras mulheres por causa da minha confusão. O Damon olha para mim e então desliga o telefone.

— Meu pai autorizou a sua entrada lá em casa. E já está controlando os meus irmãos.

— Você é rápido. Conseguiu convencer o seu pai tão rápido assim?

— Nem precisei. Só falei que tava acontecendo umas paradas e que você precisa ficar lá em casa. Ele fez o resto. — diz. Me afastando e o Damon se deita na cama. Deito a minha cabeça no peito dele. — Vai ser tão bom acordar do seu lado.

— Meu Deus! Você tem um lado fofo, Damon! Não achei que era possível — brinco

— Nós vamos ter uma prova de matemática.

— Ta brincando? Vou voltar para a escola e logo ter uma prova? A professora não me deixa fazer outro dia?

— Você é ótima em matemática

— Eu sou ótima em tudo.

— Uaaau, egocentrismo em dia, Ryder. — sorrio. O Damon me abraça forte e eu suspiro aliviada — Tem certeza que consegue fugir sem a nossa ajuda?

— Tenho. Você já ta levando as minhas coisas então é literalmente bater à porta e ir embora – digo

— E se ele fizer algo com você?