melhor nota

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Quando pegamos as bananas nos conduzimos de volta para o local aonde eu e Mike e os meninos combinamos de nos encontrar. Os garotos já estavam lá, e havia uma fogueira.

- Vocês estão loucos! - Exclamou Mike - se descobrirem que estamos juntos. Essa fogueira vai chamar atenção.

- Conseguimos peixes, tem um lago a poucos metros daqui. Só que eu esqueci de tirar a bolsa e molhei ela toda. - disse Marcelo ignorando Mike.

Os peixes já estavam assando e havia um inconfundível cheiro de plástico e roupa queimando.

- Como vocês acenderam esse fogo? - eu perguntei curioso.

- Queimei a minha bolsa - falou Paulo.

- Vocês são loucos. Olha só o que conseguimos. - disse Mike erguendo as bananas no alto - o bom é que pode encher nossas barrigas

Quinze minutos depois estávamos nos deliciando com os peixes que o Marcelo pescou, Paulo que tinha experiência em cozinhar preparou os peixes. Não estavam bons por causa do sal mas estavam ótimos para nos montermos fortes.

- Como vocês conseguiram pescar os peixes,  nessa escuridão toda? - perguntei dando uma mordida no meu peixe.

- Havia um porte de energia com uma luz.

- Sério - surpreendeu-se Mike - achei que aqui não tinha esse tipo de tecnologia. Pensei que fosse um local desprovido de energias.

Mas isso me deu no que pensar pelo resto da noite. Conversamos, e os meninos  fizeram comentários mórbidos sobre minha sexualidade e do Mike. Então nós conversamos mais uma vez e depois eles disseram mais umas coisas sobre nossa sexualidade. E finalmente fomos dormir.

Quando amanheceu eu e os garotos nos erguemos. Pensamos em ajeitar a fugueira improvisada, mas deixamos para lá.

Retornamos ao ponto de encontro. Alguns garotos vieram sujos, outros machucados e outros tiveram que fazer uma busca pois havia se perdido. O ônibus retornou e para felicidade de muitos trouxeram cachorro quente e refrigerante.

Quando todos estavam alimentados e esperando a ida de volta para o quartel.  O ruivo me deu uma olhada rápida e suspeito que deu uma leve piscadela, segundo uma prancheta ele disse.

- Saldados temos aqui as notas que todos vocês conseguiram obter. Teve um número muito grande de garotos que não conseguiram obter nenhuma nota. Eu irei falar o nome de vocês e a nota.

Ele foi citando um por um. Julio tirou 12,5, por ter encontrado um abrigo seguro com alimentos. Alguns de seus amigos tiveram notas baixas ou nenhuma nota. Paulo tirou 5,5 por ter feito uma fogueira, e perdeu pontos por ter usado a bolsa para acender o fogo. Marcelo tirou nota boa por ter pescado e peixes. E Mike por ter encontrado bananas (alguns garotos riram quando ouviram a parte do Mike).

- E...assim,  saldado Guilherme...nota 19,9.

Ouve alguns sussurros de surpresa. Prestando atenção em todos as notas percebi que a minha foi a mais alta. Se foi o ruivo que deu as notas tenho quase certeza que a minha não foi justa

Ele parabenizou todos em seguida fez o que todos queríamos que ele fizesse: dissesse que era para nós entrar no ônibus que já íamos embora.

O Ladislau observou a prancheta parece que tomava nota de mais alguma coisa. Eu informei para o Mike ir na frente e guarda meu lugar, ele me deu uma piscadela. Eu me aproximei do ruivo.

- Não me deu aquela nota por causa do que aconteceu entre a gente certo? - eu perguntei, queria que minha voz não soasse fina como se isso mostrasse minha indignação.

- Talvez... - ele respondeu sem olhar para mim.

- Isso não é certo, eu não fiz nada de mais nessa floresta.

- Eu teria aceitado a nota sem reclamar. Aliás, essa nota é muito importante para você, teve pessoas que tirou 0,1 e ainda sim se saíram bem.

- Como assim, essa nota é importante para mim?

Ele deu de ombros, então o outro militar,  o Mitudo se aproximou.

- Algum problema aqui? - ele perguntou ao perceber que eu parecia tenso.

- Não - disse o ruivo me encarando - ele aqui só veio me perguntar porque ganhou uma nota tão alta.

- Você com certeza fez algo digno da nota, sinta-se feliz meu jovem - disse Mitudo contente, ele deu duas batidinhas no meu ombro.

Ótimo, tudo o que eu precisava.  Vivi a minha vida inteira imaginando fazer sexo com os professores pra obter notas, mas o professores mais gatos vivia de olho nas alunas ou professoras mais atraentes.

Entrei dentro do ônibus e me agoncheguei ao lado de Mike.

- Perguntou para ele sobre uma segunda rodada? - perguntou Mike interessantíssimo.

- Não - respondi desgostoso.

O ônibus entrou na estrada e  todos nós dormimos tranquilamentes.

No meio da viagem eu senti algo no braço.  Quando acordei percebi que era minha bolsa, e havia algo dentro dela que estava machucado meu braço.  Abri a bolsa e puxei um pequena bateria. Havia uma pequena luz infravermelho, em um papel colado havia escrito 2234.

O que era aquilo, peguei a bateria e coloquei dentro do meu bolso. Então peguei bolsa do Mike e abri dentro dela havia bananas e mais bananas e no mesmo e havia também a bateria e os números 2231.

O que significava isso.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora