luta e fuga

153 11 9
                                    

Só que eu senti o peso do corpo do Junior diminuir, ele estava...se erguendo.

Ele pegou a arma sem tirar a minha mão e apertou o gatilho...

Eu fechei os olhos, mas eu ainda não estava morto. Meu coração estava acelerado.

Ouvi a porta ser aberta.

— Muito bem Junior você o matou...

Houve outro disparo e um corpo caiu no chão.

Eu abri os meus olhos novamente.

— Ouvi tudo — ele disse rindo para mim.

— Como...como você não morreu? Eu jurei...

— Acho que o tiro pegou de raspão.

Mas passos foram ouvidos, acho que os auxiliares estavam vindo. Junior saiu de cima de mim e me ergueu, e ficou na minha frente.

— Eu vou te proteger... — Então, no meio da decisão ele mudou de ideia — acho que você não precisa ser protegido...e nem de alguém para levar suas malas.

— Quase isso — respondo, quando ficamos lado a lado esperando os auxiliares — o que vamos fazer?

— Brigar.

O primeiro apareceu e Junior deu um soco forte nele, eu voei no próximo e em seguida a confusão foi se intensificando. Os auxiliares não eram lutadores ou brigões como eu e o Junior mas sabiam se defender.

— Parem agora!  — exclamou Dayane apontando uma arma — Então o efeito da droga passou?

Ela perguntou, Junior havia dado um tiro na perna dela quando entrou na sala. Era incrivel como mesmo depois de machucada seu único interesse era saber sobre a droga.

— Acho que sim! — respondeu Junior segurando um dos garotos e enquanto eu estava pisando no pescoço de outro e um segurava meu braço. — Acho que não sou homem o suficiente para este teste.

Então ele deu tiro nela e Dayane caiu sem se mover.

— Agora todos levatem as mãos! Ou eu mando bala!

Ver o Junior ordenar isso só de cueca era a coisa mais excitante que já vi. Meti um soco no meu segurador e me levantei para pegar a arma da Dayane, e dei um chute na cabeça dela só por ter me enganado. Vadia.

Os auxiliares que não receberam socos e chutes levantaram as mãos.

— Agora entrem para dentro da sala! — ele disse.

Um por um foi entrando dentro da sala. Até que eu e Junior ficamos sozinhos.

A gente se abraçou forte. Percebi que ele não queria apenas me abraçar, queria mais do que isso.

— Aqui não Junior!

— Quero beijo.

— Meu rosto está cheio de sangue.

Ele me pegou pelas mãos e alcançou minha boca com a sua e gente teve um beijo com gosto metálico de sangue e língua.

— Te amo.

— Te amo — eu repeti, sem querer por o "também", assim o nosso amor poderia nunca ter fim. Ele poderia repetir "te amo" e eu poderia fazer o mesmo sem precisar por outra palavra e terminar ali como geralmente terminava.

— Vamos sair daqui. — ele disse pegando a arma.

Eu concodei.

A gente saiu da sala com cautela e entramos no estreito corredor.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora