pedido de junior

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O único plano que eu tinha era correr.

Foi o que fizemos, andando cada vez mais rápidos procurando algo que eu não tinha ideia se encontraria, para piorar Junior ainda não deu sinal nem pelo celular e nem pessoalmente.

Tentei manter a calma não só por mim mas pelos garotos, estava com muito medo do suposto garoto morto ser o Junior. Não que eu espere que seja um dos garotos ao invés do Junior, mas eu não quero que nada aconteça de mal com ele.

Otávio e Gui estavam caminhando juntos e pareciam mais próximos desde a última vez em que eu vi eles bringando. Nem pareciam aqueles garotos que se pegaram no refeitório e estavam se chupanado em um corredor escuro. Quem diria que eles estão aqui, parece que foi o destino que colocou eles aqui comigo.

- E então... - começou o garoto loiro, ele caminhava pesadamente ao meu lado ele parecia levemente preocupado com toda a situação. - o que acha que pode ser tudo isso?

- Eu realmente não sei - informei -, mas espero que não seja algo que vá nos matar.

Quando ficávamos cansados demais parávamos em um local escondido para desconcansar. Otávio e Maxiel que segundo eles visitaram um riacho e conseguiram colheitar água para matar nossa sede - nesse momento, eles não olharam para mim com vergonha. E nem eu para eles.

Eles não precisavam me explicar que fizeram outras coisas além de pegar água. E eu não precisa explicar porque estava pelado naquele lugar junto com o Junior.

Eu sentei encostado em uma árvore enquanto tentava ver se o Junior me respondia. Mandei mais de vinte mensagens para ele e cinquenta ligações que não foram atendidas de propósito.

- Acho que não deve ser nada de mais - disse Otávio para Maxiel, eles estavam a uma certa distância de mim e do loiro que estava deitado na mata ( ele havia deitado a grama alta fez uma espécie de tapete verde, fiquei me perguntando se ele não deitou em algum formigueiro).

- Você acha algum dos nossos foram mortos? - foi o que o Maxiel perguntou - como você sabe.

- Você tem um primo aqui com a gente, é eu sei. Vamos rezar que não, tudo bem? Não vai acontecer nada com a gente e eu vou estar aqui para te proteger.

Então eles começaram a falar várias coisas que eu tentei não ouvir. Fiquei me distraído lendo minhas conversas antigas com o Junior. Pode não parecer muito tempo, mas eu estou com muita saudade dele. Vejo nossas fotos e me lembro das coisas que falamos naquela barraca. Parece que foi a tanto tempo. Acho que quando fazemos algo que gostamos com alguém as lembranças vão se tornando distantes e quase apagadas.

Lendo minhas mensagens com ele eu quase sinto vontade de sair daqui e voltar correndo para onde tudo isso começou. Eu estava no riacho e nós dois estávamos juntos. Espero que aquela não seja o último momento de nós dois.

Eu vejo as horas no celular e já eram quase seis. O sol já estava se pondo e com certeza a noite estava vindo. Não queria dormir hoje sem o Junior. As vezes eu sinto que a culpa é dele por estarmos separados.

"Ah, vamos, pelo menos a gente pode fazer sexo em uma barraca. Lembra do dia que eu e você saimos para a floresta do quartel mas não tivemos a oportunidade de ficar juntos porque não nos conheciamos, agora vamos ter a chance de ficar juntos." Foi o que o Junior dissera. Bom, a gente fizeramos sexo na barraca, isso eu não podia negar e foi algo incrível que eu faria várias vezes se fosse preciso, mas não estamos juntos como foi prometido.

O tempo passa e eu pego no sono e durmo. Quando acordo já estava tudo escuro.

- Acho que vamos ter que dormir aqui - disse o garoto loiro.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora