o que você está pensado?

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Quando a festa acabou. Eu estava tão bêbado que não conseguia andar. Para a nossa sorte ainda eram dez horas da noite saímos todos da casa do William.

Júnior criou uma desculpa esfarrapada de que eu precisava de ajudar, pois estava cambaleando muito, o que era quase verdade. Mas eu sabia quais eram as intenções dele: era ficar agarrado comigo enquanto caminhávamos bêbados.

Mike não deu tanto trabalho como imaginei, estava bem tranquilo e muito quito.

O que deu trabalho foi passar pela floresta. William e os outros garotos que vieram com ele disseram que não iam voltar na situação que estavam e por isso dormiram lá mesmo esperando o efeito do álcool passar.

A floresta estava bem movimentada com os garotos procurando os saldados escondidos.

A gente entrou no Quartel e voltamos para o quarto. Bom, pelo menos os garotos que vi irem para os devidos lugares, como Mike,  Paulo, Elias e Marcelo.

Eu olhei para Júnior e ele olhou de volta para mim. Nossos pés nos levou para outra direção...

O banheiro com os boxes. Ao entrar, eu já percebi uma coisa muito interessante, Júnior estava duro. A calça de moletom não ajudava a esconder a estrondosa ereção de lado. Automaticamente eu fiquei duro também.

Fui a pia me encarar no espelho com intuito de deixar a situação descontraída, enquanto Júnior me olhava pelo reflexo, encostado na parede oposta.  Havia uma sorriso nele.

- Não vai dormir?- perguntei sabendo que não era isso que ele queria fazer, sabendo que não era isso que eu também queria fazer.

Ele pós as duas mãos nos bolsos laterais da calça com intuito de esconder o que eu já havia visto. Ele sacudiu a cabeça me encarando.

Então eu me virei para ele, ainda próximo a pia, havia uma distância entre nós. Eu poderia sair dali e deixar que nada acontecesse entre nós ou eu poderia me aproximar e me afogar naqueles lábios. Para minha surpresa, percebi que esse mesmo pensamento passava na mente de Júnior. Acredito que aquilo tudo era novo para ele. Se eu de fato fosse uma garota, acredito que ele daria o primeiro passo, para honrar aquela famosa frase "homem de atitude". Mas eu não era uma garota, ali ele não seria um homem de atitude,  ele só precisaria apenas de atitude e eu também,  óbvio o que tornava as coisas bem equilibradas.

A gente se encarou mais uma vez...E antes que eu sequer pudesse dizer: eu não vou fazer isso, eu vou dormir e aproveitar que amanhã é o último dia de folga dos treinos.

Mas não, meus pés me levaram até junior e ele também se levou até mim o que me deixou feliz em saber que eu não estava sozinho.

A gente se aproximou e a pouca luz dentro do banheiro permitia que eu percebesse o quanto a respiração do Júnior estava alterada. Não estávamos tão bêbados assim. O que não poderíamos jogar culpa na bebida.

A gente se beijou violentamente, como se estivéssemos em mais uma de nossas brigas comandadas pelo Quintamante. E de repente eu me peguei pensando em milhares de garotos olhando a gente fazer isso.

Então empurrei Júnior para o mesmo box que mantiamos contato. Agarrados e envolvido em um beijo. Tudo no beijo de Júnior era magnético e eu era um pedaço de metal que se recusava a quebrar aquele laço.

Júnior gemia enquanto sua língua viajava pela minha boca, o perfume que senti a umas horas atrás era de fato do Júnior que se misturou com o cheiro de jasmim do narguilé e a bebida, toda aquela mistura não tirava o cheiro forte e atraente do perfume dele. Junior me pegou pelas coxas e me puxou para sua cintura, fazendo com que eu fosse obrigado a agarrar seu pescoço para não cair, mas ele me coloca contra a parede; tudo isso sem, soltar o lábios do meus. Minhas mãos acariciam o seu rosto.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora