prazer mútuo

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- O que você estava falando com Cabo Ladislau? - foi a pergunta que júnior me fez, eu e ele estávamos pelados dentro do nosso conhecido box do banheiro.

Já era mais de uma hora da manhã, e eu e ele combinamos de fuder quando estávamos jantando através de olhares sugestivos. Cansados dos treinos e da foda que exigiu a energia que adquirimos da comida, resolvemos deitar sobre nossas roupas e ficar agarrados naquele chão. Era falta de higiene nossa, talvez, mas quando se está fudendo gostoso o local as vezes se torna irrelevante.

- Ah...Nada - eu disse - porque?

Eu ergui a cabeça sobre o peito nu dele, enquanto fazia carinho na cicatriz acima do peito dele.

- Nada - ele respondeu de volta - só vi vocês conversando...achei que ele estava...

- Está com ciúmes? - perguntei meu coração começou acelerar emocionado.

Júnior demorou responder, tempo suficiente para confirmar minha pergunta.

- Não - ele respondeu secamente, mas eu estava rindo.

Então eu e ele conversamos sobre a nomeação de Júnior para Cabo. Ele estava muito feliz.

-...acho que isso vai  me abrir várias portas sabe - ele disse me abraçando forte.

Então ficamos em silêncio, talvez porque quiséssemos pensar em um assunto para conversar ou talvez porque não tivéssemos nada para conversar.

De repente, eu soltei uma risada ao me lembrar de algo.

- Que foi ? - Junior quis saber.

- Acabei de me lembrar: Quintamante disse que se me pegasse chupando pau iria me matar.

Júnior não falou nada. Comecei a fazer carinho no pau mole dele que foi ficando duro novamente.

- Gosta de chupar meu pau? - Junior fez mais um de suas perguntas safadas e ousadas.

- Gosto - respondo olhando em seus olhos com dificuldade por causa do ângulo que eu estava deitado em seu peito, mas o esforço que fiz me permitiu enxergar desejo queimar em seus olhos.

- Senta em cima dele - ele disse suavemente.

- Sem camisinha? - eu disse, pois a única camisinha que tínhamos já estava usada com esperma a um lado no chão.

- O que tem de mal? - ele argumentou - não tenho doenças e você também, certo?

- Não,  não é isso - por incrível que pareça estávamos entrando em um assunto que eu estive louco para falar com ele, mas sentia que a conversa era como andar em um lugar cheio de bombas-, só faço sem camisinha se tiver algo sério com alguém.

Senti aquelas palavras finais causar um certo horror em Júnior, a prova disso: seus olhos. Qualquer vestígio de desejo fora substituído por incerteza.

- O que é isso que temos aqui? - perguntei, apontando para nossos corpos pelados.

Júnior suspirou desconfortavelmente. Mais uma vez, senti que ele não precisava responder; senti como se a resposta para a minha pergunta estivesse ali, presente em seus movimentos inseguros.

- A gente só está fazendo isso por nós, é o prazer. - ele disse.

Pensei bem o que deveria falar em seguida, qualquer pisada em falso, e aquilo entre mim e Júnior se tornaria apenas lembranças de algo que para mim era mais que prazer, e para ele apenas uma foda em segredo com um viado.

- Então, no final...não iremos ficar...

- Não - ele respondeu engolindo em seco - olha escuta, porque isso agora, porque temos que ter essa conversa, a gente faz isso e nós dois nos beneficia...O perigo e a adrenalina.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora