mais problema

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Eu entro pelo caminho que os garotos vieram. Droga, eu não tinha uma arma ou uma faca para me defender. Eu ando por quase quinze minutos e não vejo nada a não ser árvores e uma mata densa e quase imaculada.

Será que aqueles meninos estavam realmente falando sério, ou será que foi apenas um truque. Mas e quanto ao ferimentos deles, eles não poderiam ter se batido loucamente para contar uma mentira. E a troco de quê?

O meu rádio começa se comprimir dentro do meu bolso, ou só era impressão minha, pois eu uma parte minha queira chamar o homem que eu havia discutido a pouco tempo, para falar com ele, mas o que eu poderia falar? Pedir desculpas por ter sido irrelevante.

Continuo caminhando e não encontro nada a não ser as árvores ao meu redor. Para onde mesmo eu pensei que poderia ir.

Então eu pego meu celular e tento ver se tem Internet, para minha sorte tinha. Eu ligo para o Junior. Como ele desapareceu de repente sem dar nenhum sinal.

Eu espero a ligação ser atendida, mas ele não atendi. Para onde foi o Junior, e porque droga ele não atende o celular já que aqui tem sinal de Internet. Eu desisto depois de ligar umas duas vezes a mais.

— Marcelo na escuta! — eu falo no rádio. — Paulo na escuta!

Mas nenhum dos dois respondem o que não posso confirmar se os dois garotos chegaram em segurança até lá e nem posso pedir ajuda deles. Sinto que deveria ter mais de um ajudante nesse negócio de ala hospitalar. Guardo o meu rádio e continuo.

Só que eu estava olhando atentamente para o chão. Era como se alguém tivesse posto ali mesmo com minha presença. Eu peguei o objeto. Era uma daquelas baterias que eu encontrei a muito tempo na minha bolsa de exército.

O que elas estavam fazendo ali...será quê...os garotos também estavam com essas coisas em seus equipamentos?

Ao longe, para a minha sorte, eu vejo dois garotos correndo muito rápidos e passando por mim sem me ver.

— Ei! — eu grito.

— Corre! — um deles diz para mim.

E eu faço o que ele pediu seguindo eles dois. Eu nem olho para trás com medo de isso tirar meu tempo, eu só continuo correndo o mais rápido que eu podia. A bolsa ao meu lado fazia muito barulho e me atrapalhava muito por causa dos remédios e outras coisas. E o meu sapato não era esportivo o que dificultava a minha corrida, as vezes eu tropeçava em troncos soltos e escondidos pela mata. Borboletas e pequenos gafanhotos voavam para longe irritados com a perturbação na mata.

Passamos vários minutos correndo, até que os dois garotos pularam em um tronco de árvore caído e se jogaram ali para se esconder, eu fiz o mesmo. Nós ficamos abaixados em silêncio. Meu coração batia muito rápido e a mata que eu deitei sobre estava me incomodando muito, ou talvez fosse alguma formiga por ali.

Ficamos cerca de quinze minutos abaixados, os meninos perto de mim respirando fundo, pois talvez corriam a mais tempo que eu.

— Acho que eles já foram, podem levantar.

Eu me levantei e olhei para os garotos. Era os mesmo que eu e o Junior pegamos se beijando no riacho. Acho que eles eram namorados ou sei lá.

— De quem era que estávamos fugindo? — perguntei me coçando nos lugares que eu encostei, depois fui ver que ali perto tinha uma casa de formigas vermelhas que picavam até arrancar a carne se fosse preciso.

— Não, eu e ele estávamos caminhando pela floresta então esses dois homens apareceram como uma faca. Eles me deram um soco e a gente brigou, mas conseguimos fugir deles pois eu enfiei a minha faca na mão de um deles. Foi de repete. — disse um dos garotos que tinha uma voz grossa.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora